Homem que matou jardineiro por dívida de R$ 10 é condenado a 9 anos de prisão
Má conduta social e extensa ficha criminal do réu pesaram na decisão do juiz
Catador de materiais recicláveis Elinaldo Moura da Silva, conhecido como Mano, de 44 anos, que matou o jardineiro Sérgio Otazu de Souza, de 34 anos, com 7 golpes de faca após cobrança de uma dívida de R$ 10, foi condenado, nesta sexta-feira (24), a 9 anos e 2 meses de reclusão em regime fechado. O crime aconteceu na noite de 6 de julho do ano passado, na Rua Era Atômica, no Jardim Noroeste.
Na decisão, o juiz Aluízio Pereira dos Santos considerou que o réu não possui boa conduta social e possuía uma extensa ficha com passagens por furto, tentativa de roubo, tentativa de roubo majorado e falsa identidade.
Durante o julgamento, o réu alegou que matou o desafeto para se defender. Segundo o acusado, ele conhecia o jardineiro havia pouco tempo, mas mesmo assim já tinha morado com Sérgio por 3 meses.
O catador de recicláveis contou que no dia do crime, procurou a vítima para cobrar a dívida, mas os dois discutiram e começaram a se agredir. Conforme Elinaldo, na confusão foi ferido pela vítima no punho e atacado a tijoladas. “Enquanto ele me acertava os tijolos, corri e peguei uma faca na mochila. Dei dois golpes nele, no peito e no braço. Não lembro de ter dado 7 golpes”, contou.
No entendimento do júri, o acusado teve “um hiato temporal”, suficiente entre os dois fatos para melhor refletir sobre sua conduta e não agir sob forte emoção. De acordo com a decisão , o acusado “não estava com suas faculdades mentais extremamente comprometidas”.
Os golpes de faca atingiram a vítima no tórax, peito, braço, coxa e ombro, o que, segundo o júri, demonstrou a vontade do acusado em matar o jardineiro.
Caso - O crime aconteceu na noite do dia 6 de julho do ano passado, na Rua Era Atômica, no Jardim Noroeste, bairro localizado na saída para Três Lagoas, em Campo Grande. Segundo informações da Polícia Civil, o assassinato ocorreu por volta das 3h, numa área dos barracos.
Elinaldo foi preso 3 dias após o crime. A prisão dele foi acatada pela Justiça com base em testemunhas que presenciaram o assassinato. De acordo com o delegado Ricardo Meirelles, a vítima era conhecida do autor e, apensar da aparente relação de amizade, eles costumavam discutir com frequência. No dia do crime, os amigos estavam bebendo, quando houve mais um episódio de briga.