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Capital

“Cortei o pescoço do frango”, disse homem ao confessar assassinato

Jardineiro foi esfaqueado no mesmo lugar que irmão assassinado há 7 meses, no Jardim Noroeste

Ana Lívia Tavares | 21/10/2021 16:21
Sérgio Otazu de Souza, 34 anos, estava bebendo com assassino em frente de casa (Foto: Marcos Maluf)
Sérgio Otazu de Souza, 34 anos, estava bebendo com assassino em frente de casa (Foto: Marcos Maluf)

A Polícia Civil conseguiu chegar aos dois homens apontados como assassinos do jardineiro Sérgio Otazu de Souza, 34 anos, morto em 6 de julho, e do irmão dele, Moacir Otazu de Souza, 28 anos, esfaqueado sete meses antes, no mesmo lugar, na Rua Era Atômica, Jardim Noroeste, bairro localizado na saída para Três Lagoas, em Campo Grande. Apesar da tragédia em família, os homicídios não possuem relação.

Os mandados de prisão preventiva foram representados pela 3º Delegacia de Polícia que investigava os dois casos. Elinaldo Moura da Silva, 48 anos, acusado da matar Sérgio foi ouvido na tarde desta quinta-feira (21). Ele confessou ter esfaqueado o colega por conta de uma dívida no valor de R$10.

A prisão dele foi acatada pela Justiça com base em testemunhas que presenciaram o assassinato. De acordo com o delegado Ricardo Meirelles, a vítima era conhecida do autor e, apensar da aparente relação de amizade, eles costumavam discutir com frequência. No dia do crime, os amigos estavam bebendo, quando houve mais um episódio de briga.

“Geralmente, a vítima levava a melhor por ser mais forte. Porém, naquele dia, Sérgio estava bastante embriagado e o autor aproveitou dessa situação e entrou em luta com ele. Depois, saiu e retornou com a faca desferindo vários golpes no peito e abdômen da vítima”, explica Meirelles.

Ao perceber que a vítima não tinha chance de sobreviver aos golpes, Elinaldo fugiu do local. A perícia mostrou que o jardineiro chegou a se levantar e deu alguns passos, antes de cair morto no chão.

“Fizemos um trabalho de identificação de autoria, colhemos as provas e representamos pela prisão do autor. Ele já está no estabelecimento penal e o inquérito será relatado ao judiciário. Uma resposta para a família que viveu essa tragédia em um curto espaço de tempo”, disse o delegado.

Elinaldo tem diversas passagens na polícia por crimes como dano, falsidade ideológica, roubo, furto, lesão corporal seguida de morte, roubo tentado e tráfico de drogas. Agora, ele foi indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil.

Caso Moacir - Sete meses antes do assassinato de Sérgio, no dia 1º de dezembro de 2020, o irmão dele, Moacir Otazu de Souza, 28 anos, também foi esfaqueado e morreu em frente ao mesmo barraco, no Jardim Noroeste. À época, o assassino não foi localizado.

As investigações seguiram e a delegacia também representou pela prisão do responsável. O preso que não teve a identidade divulgada, ainda conforme o delegado se trata de um assassino confesso que premeditou a morte de Moacir.

Irmãos foram mortos em frente a barraco no Jardim Noroeste (Foto: Marcos Maluf)
Irmãos foram mortos em frente a barraco no Jardim Noroeste (Foto: Marcos Maluf)

“O autor disse a uma testemunha que havia discutido com Moacir por um motivo banal e, por isso, o mataria. Após crime, ele foi até outra pessoa, mostrou a faca suja de sangue e rindo disse que havia cortado o pescoço de um frango”, ressalta o responsável pelas investigações.

Segundo informações da Polícia Civil, o assassinato ocorreu por volta das 3h, numa área dos barracos. Os golpes atingiram o pescoço da vítima.

O homem também foi indiciado por homicídio qualificado por meio que impediu a defesa da vítima e motivo fútil.

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