ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 32º

Capital

HR diz que está levantando informações sobre morte durante parto

Richelieu de Carlo | 29/08/2017 08:54
O marido de Glaucia,  Jhonatan da Silva, de 24 anos. (Foto: João Paulo Gonçalves)
O marido de Glaucia, Jhonatan da Silva, de 24 anos. (Foto: João Paulo Gonçalves)

A presidência do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul afirma que vai se posicionar sobre a morte de Glaucia Benta Portilho, 29 anos, na sexta-feira (25), após ter complicações no parto normal, somente após terminar “os levantamentos pertinentes ao caso”. Não há prazo definido para que isso ocorra.

Com a gravidez de risco constatada no início da gestação, familiares de Glaucia acusam o hospital de negligência e erro médico ao forçarem o parto normal e mandarem ela para casa com fortes dores horas antes de dar à luz. Glaucia morreu na tarde de sexta-feira (25), após sofrer de hemorragia que teve início no momento do parto normal.

Na manhã de quarta-feira (23), Glaucia teve uma consulta no hospital, em que foi verificado que o feto não tinha batimentos cardíacos. De acordo com o seu marido Jhonatan da Silva, 24 anos, ela foi alimentada e, logo em seguida, o coração voltou a registrar atividade. O casal ficou na unidade de saúde das 11h às 21h, quando a gestante foi medicada para a dor e liberada a voltar para casa.

Horas depois, na madrugada de quinta-feira (24), Glaucia começou a sentir fortes dores e entrou em trabalho de parto, sendo encaminhada novamente ao Hospital Regional. Assim que chegou ao local, segundo familiares, ela foi forçada a ter parto natural. Keven Gabriel nasceu com 3,2 quilos, na 40ª semana de gestação, enquanto a mãe sofria com forte hemorragia.

Sem conseguir estancar a perda constante de sangue, Glaucia passou por cirurgia, mas acabou falecendo. Ainda de manhã, os familiares foram informados de que não havia mais esperança de recuperação.

“Se tivessem internado na quarta-feira, ela não estaria morta”, afirmou ao Campo Grande News a irmã, Deize Portilho, 24 anos. “Viram que o bebê não tinha batimentos, sabiam que ela estava com dores e tinha uma gravidez de risco, mas mesmo assim mandaram ela embora”.

No início da gestação, Glaucia passou por uma avaliação para saber o risco da gravidez. A família informou que, segundo a classificação, uma gravidez é considera de alto risco quando as respostas ao questionário atingem o patamar com mais de 10 pontos. A mãe de Keven teve como resultado final de 25 pontos.

Nos siga no Google Notícias