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Capital

HR vira canteiro de obras com promessa de ampliar vagas em 23%

Marta Ferreira | 30/05/2011 17:29
Corredor do hospital passa por fase de acabamento.
Corredor do hospital passa por fase de acabamento.

Construído na década de 90 e inaugurado há 14 anos, o Hospital Regional Rosa Pedrosian, em Campo Grande, virou canteiro de obras, em sua primeira reforma de grande porte, que, quando terminada, pode ajudar a minimizar o déficit de vagas no sistema público de saúde, hoje altamente dependente da Santa Casa. O investimento é estimado em R$ 12 milhões.

Com as intervenções, a direção da instituição espera ampliar o número de leitos no HR dos atuais 340 para 420, o equivalente a um crescimento de 23% no número de vagas. Os trabalhos devem ir até o final deste ano, mas antes disso, nos próximos 90 dias, parte dos setores que estão recebendo obras deve esta ativada, de acordo com o médico pneumologista Ronaldo Perxes Queiroz, presidente da Funsau (Fundação de Saúde de Mato Grosso do Sul), que admistra o HR.

A última etapa a ser entregue, de acordo com ele, é o PAM (Pronto Atendimento Médico), em uma área de 2,5 mil metros quadrados. O pronto-socorro do HR, com a reforma, terá a capacidade de atendimento dobrada, informou Perxes.

Hoje, são 45 leitos - que foram transferidos para o ambulatório do hospital enquanto as intervenções são feitas. Quando a obra terminar, serão 90 vagas.

Operários em obras do futuro pronto socorro do HR. (Foto: João Garrigó)
Operários em obras do futuro pronto socorro do HR. (Foto: João Garrigó)

Neste setor, ainda há muito que fazer, por isso o prazo mais longo para o término.

Finalizando-Outras alas já estão em fase de conclusão. No setor de terapia intensiva, por exemplo, já é possível ver que as obras físicas estão em estágio avançado.

No CTI (Centro de Terapia Intensiva), o projeto é passar dos atuais 11 leitos para 40, no 1º andar do hospital. Quando isso ocorrer, o atual CTI, no 6º andar, vai dar espaço a outros setores.

A previsão de Ronaldo Queiroz é que pelo menos 20 leitos de terapia intensiva estejam em funcionamento pleno no prazo de 90 dias. Os outros não têm prazo, principalmente por conta da falta de pessoal para operação.

Diretor mostra que ala será ampliada no Regional.
Diretor mostra que ala será ampliada no Regional.

Em 90 dias, o diretor do hospital também prevê a ativação do Complexo Materno-Infantil, que terá 3 salas de parto, 3 salas de cirurgia, onde poderão ser feitos partos cesáreas e intervenções ginecológicas.

Canguru- Nessa ala do HR, ficarão também os leitos de UTI Neo Natal, com aumento de 8 para 10.

A reforma trará também uma nova forma de atendimento aos bebês que precisam ficar mais tempo no hospital, normalmente por terem nascido prematuros. Trata-se do método canguru, em que as mães podem dormir com os nenéns, em uma cama ao lado da encubadora.

As obras incluem ainda uma nova lavanderia, para dar conta da demana que aumentou ao longo dos anos e um vestiário novo, com previsão de inauguração em 60 dias.

Operários em obras na UTI Neonatal.
Operários em obras na UTI Neonatal.

Estamos em obras-Por enquanto, a imagem no hospital é de uma obra inacabada. Nas alas mais adiantadas, o primeiro e segundo andar, operários estão finalizando a parte física, para a instalação dos equipamentos.

No PAM, o prédio está na fase de alvenaria e uma outra parte está ainda nas fundações, em terra viva.

A entrada principal do HR está fechada, após o surgimento de uma rachadura no depósito de medicamentos.

Essa fenda, segundo o diretor, já foi consertada, e decorreu da existência, sob o prédio, de um lençol freático, que movimentou para cima o solo. Ronaldo Perxes garante que não houve dano estrutural e que o depósito de medicamentos voltará para o local.

Planos-O HR pretende, ainda, ampliar o setor de hemodiálise, passando de 42 atendimentos por dia para 108, e, em 2012, quer dividir com a Santa Casa a realização de transplantes de rim.

Está prevista ainda a reforma e ampliação do Banco de Sangue, orçada em R$ 1 milhão, por meio de parceria com o governo federal.

Com essas reformas, o hospital que já foi um dia chamado de “postão”, por ter sido inaugurado com estrutura deficiente, e que já foi alvo de escândalos entre eles mortes de pacientes por infeccção hospitalar, tenta ampliar seu atendimento, deixar essa imagem no passado, e ajudar a desafogar a rede pública de saúde de Campo Grande.

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