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Capital

HU abre sindicância para investigar morte de mulher, 20 dias após parto

Mãe deixou gêmeos órfãos no dia 8 de março, depois de sofrer complicações pós-parto

Luana Rodrigues | 13/03/2017 14:20
Marido, Carlos Menacho, e Kelly, ainda na gestação. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Marido, Carlos Menacho, e Kelly, ainda na gestação. (Foto: Reprodução/ Facebook)

O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian abriu uma sindicância para apurar eventuais irregularidades no atendimento à paciente Kelly Rudnik, 31 anos, que morreu na quarta-feira (8) da semana passada, 20 dias após dar a luz a gêmeos no hospital.

De acordo com nota encaminhado à imprensa, a direção do hospital lamenta a morte da paciente e informa que o resultado da sindicância deve ser finalizado em 60 dias.

No último sábado (11), familiares de Kelly fizeram um protesto em frente ao hospital, buscando respostas sobre qual doença casou a morte da paciente. O marido de Kelly, Carlos Menacho, 23 anos, explicou que a esposa fez todo o pré-natal no HU e no dia 15 de fevereiro, durante uma consulta de rotina, foi constatado que ela estava com dilatação.

Com oito meses de gestação, a mulher foi internada e, no dia 17, uma cesária foi realizada para a retirada dos bebês, após um aumento na pressão arterial. Kelly foi para o quarto e começou a ter febre e outras complicações, até que faleceu.

Durante o protesto, familiares da paciente foram recebidos por diretores do hospital e informados sobre a abertura da sindicância. Segundo o HU, nesta segunda-feira (13), eles solicitaram cópia do prontuário médico de Kelly junto à ouvidoria do hospital.

Além de pressionar o hospital para uma resposta, Carlos também quer a colaboração do MPF (Ministério Público Federal) para investigar quais foram o procedimentos realizados na esposa.
Ele conta que não quis pedir a necropsia do corpo porque não tinha condições emocionais de esperar ainda mais a liberação para o velório e sepultamento da esposa.

"Eu quero uma intervenção do MPF, não estou acusando ninguém, mas não sei o que aconteceu com a minha esposa. Não tinha condições de esperar mais. Não neguei por medo, mas para que ela tivesse um enterro digno", afirma.

Doações - A população solidária com a situação da família se mobilizou pelas redes sociais para ajudar a família. Carlos esclarece que serão bem vindas fraldas e leite em pó, mas que não são necessários outros insumos.

"Eu preciso de leite e fralde. Meus filhos foram planejados, mas não imaginamos que não poderiam ser amamentados", lamentou. Quem tiver interesse em doar pode entrar em contato pelo telefone 99254-5934, falar com Carlos.

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