"Imaginou que iria perder boa vida", diz polícia sobre assassino de comerciante
Comerciante foi morto a tiros, facadas e golpes de taco de sinuca; crime ocorreu no Danúbio Azul
A Polícia Civil está fazendo buscas por Maikon Lucas Matias, 22 anos, que matou a tiros, facadas e golpes de taco, o comerciante Hugo Gonçalves Insabralde, 29 anos, no Bairro Danúbio Azul, em Campo Grande. A principal linha de investigação seria o medo do autor de "perder a boa vida".
Ao Campo Grande News, o delegado Ricardo Meirelles, da 3ª Delegacia de Polícia Civil, contou que a vítima começou a se queixar com familiares e amigos próximos sobre os lucros da conveniência, desconfiando de desvio de caixa.
"A vítima iria conversar com o Maikon, pedir o VW Gol de volta e, aos poucos, queria tirá-lo do comércio. A intenção não era brigar, mas sim retomar o que ela dela", disse Meirelles. A suspeita do delegado é que o assunto tenha "ventilado" até o autor. "Imaginou que poderia perder a boa vida e orquestrou a morte", reforçou.
Segundo o delegado, a intenção do autor não era de roubar e, sim, de matar. Não houve discussão antes do crime e nem "violenta emoção".
"Eles estavam jogando sinuca e tinham outras pessoas no local. O Maikon esperou todo mundo ir embora e foi adiando o momento de atacar a vítima. Por volta das 18h30, o Hugo disse que queria ir embora e o autor tentou segurá-lo na conveniência mais um pouco. Quando a vítima foi em direção o carro, o Maikon acelerou o passo e disparou à queima roupa, sem nenhum aviso", detalhou.
Maikon disparou três tiros contra Hugo, depois deu vários golpes de faca. Ele só parou quando o cabo quebrou. Depois, pegou um taco de jogar sinuca e continuou com as agressões."Foi uma brutalidade e com o objetivo não só de matar, mas também de vilipendiar o corpo, com requintes de extrema crueldade", ressaltou.
Após matar Hugo, Maikon fugiu com um dos carros da vítima, um VW Gol. O carro foi encontrado no final da manhã de ontem (5) no Bairro Nova Lima.
O autor não tem passagens pela polícia. De acordo com o delegado, a participação de outras pessoas no crime está descartada. Maikon vai responder por homicídio duplamente qualificado pelo motivo fútil e pela impossibilidade de defesa da vítima.