Incomodado com alta velocidade em via, morador constrói quebra-molas
Comerciante mora no bairro desde a década de 1990 e reclama da falta de manutenção
O comerciante Olídio Pimenta dos Santos, 63 anos, mora no Jardim Colúmbia desde a década de 1990. Sempre viu os carros passando em alta velocidade e a poeira subindo, incômodo que chegou ao extremo este ano, quando resolveu arrumar a rua e, na última semana, construir quebra-molas.
RESUMO
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Morador do Jardim Colúmbia, em Campo Grande, constrói quebra-molas em rua por conta própria para reduzir velocidade dos carros. Olídio Pimenta dos Santos, de 63 anos, afirma que a via, próxima à BR-163, é usada como rota alternativa e oferece riscos a pedestres, especialmente crianças. Em junho, Santos investiu R$ 1,8 mil na nivelação da rua, mas a alta velocidade persistiu. A construção dos quebra-molas, feita sem autorização da prefeitura, pode configurar infração administrativa e crime de dano ao patrimônio. A prefeitura ainda não se manifestou sobre o caso e a inclusão da rua em planos de asfaltamento e sinalização.
“Isso aqui é um Deus nos acuda”, reclamou Santos, mostrando a Rua Carabinari. Em junho, conta que gastou R$ 1,8 mil, contratando caminhão-caçamba, patrola e escavadeira para nivelar a via e se livrar dos buracos e das poças de água em dia de chuva.
Mas a alta velocidade dos carros continuou. A rua fica próxima da BR-163 e paralela à Rua Nhamunda, por onde passa linha de ônibus do transporte coletivo, e é muito usada pelos condutores. O comerciante diz que se preocupa com as crianças que passam pelo local e ainda está incomodado com o poeirão, que continua. “Fora os fios arrebentados pelos caminhões”, contou.
Por isso, no último sábado, construiu quebra-molas, confiando na experiência de 45 anos na construção civil. Esta semana, pretende investir na sinalização.
O comerciante diz que não fez qualquer pedido prévio à prefeitura e acredita que esse procedimento também não foi adotado pela associação do bairro. “Aqui a gente fica isolado demais”, reclamou.
Vizinho do comerciante, Ezequiel Martins, 45 anos, também é morador antigo e reclama da alta velocidade dos condutores na via. “Isso aqui é uma pista de corrida.” Preocupou-se com a construção dos quebra-molas, por acreditar que estão um pouco altos, mas defende que devem ficar no local. “A população age conforme o poder público”, avaliou.
Apesar da boa intenção, quando um morador constrói por conta própria, além de não seguir os parâmetros técnicos, ele pode estar cometendo infração administrativa, por alterar a via pública, e crime previsto no artigo 163 do Código Penal (dano ao patrimônio).
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande. A Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) informou que a manutenção das vias do Jardim Colúmbia é feita uma vez por mês, mas não especificou quando o serviço foi feito na Rua Carabinari. Sobre a sinalização, de responsabilidade da Agetran (Agência Municipal de Trânsito), ainda não houve retorno.
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