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Capital

Investigação sobre ligação de Vargas com caça-níqueis depende da justiça de SP

Renan Nucci | 02/12/2014 10:58
Delegado alega que não conhece homem que o acusou, e afirma que jamais manteve qualquer tipo de contato com ele. (Foto: Divulgação)
Delegado alega que não conhece homem que o acusou, e afirma que jamais manteve qualquer tipo de contato com ele. (Foto: Divulgação)

A Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) enviou oficio à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo solicitando informações sobre a investigação conduzida pela Polícia Civil de Araçatuba (SP), na qual o delegado Marcelo Vargas, de Campo Grande, foi citado como suposto envolvido na máfia dos caça-níqueis.

Preso em flagrante por tentar subornar o delegado Nelson Barbosa Filho, para que seus negócios não sofressem interferência da polícia, Clayton Barbosa disse em uma gravação divulgada pela Rede Globo na noite de domingo (30), durante o “Fantástico”, que Vargas seria um dos “facilitadores” do esquema em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o secretario estadual de justiça, Wantuir Jacini, apesar das alegações, ainda não há indícios de que o delegado sul-mato-grossense esteja realmente envolvido nestas atividades ilícitas. “Por enquanto foi só uma declaração que não justifica crime. O ofício enviado para São Paulo tem por finalidade a troca de informações. Vamos analisar o processo e em seguida adotaremos as medidas cabíveis, caso seja comprovada a participação dele”, declarou Jacini.

Por sua vez, Vargas reafirmou que jamais teve qualquer tipo de contato com Clayton, dono de centenas de máquinas caça-níqueis espalhadas por estados diferentes. Ele enviou documento à Sejusp, à Corregedoria da Polícia Civil e ao Ministério Público Estadual, se mostrando solícito com as apurações e colocando todos seus dados telefônicos, bancários e fiscais, entre outros de caráter privado, à disposição da justiça.

“Não conheço esta pessoa (Clayton) e desafio qualquer um a produzir provas materiais que apontem qualquer tipo de contato pessoal ou financeiro entre nós”, disse Vargas. “Se houve uma investigação deste tamanho e por tanto tempo (cerca de quatro meses), é possível que tenham colhido provas, e então preciso que as mostrem”, afirmou o delegado  que põe em cheque as gravações.

“Pela experiência policial e com o conhecimento técnico que tenho, acredito que as gravações foram manipuladas”, completou. Ele contratou um advogado em Araçatuba para acompanhar mais de perto o processo e, principalmente, as filmagens feitas pelas câmeras da polícia, as quais registraram os encontros entre Nelson e Clayton. Vargas está afastado do cargo pois atualmente exerce a presidência da Adepol/MS (Associação dos Delegados de Polícia de Mato Grosso do Sul).

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