Jovem de 17 anos denuncia homem por assédio em ônibus na Capital
Jovem é acadêmica de Direito e notou que homem a "pressionava" por trás; ela pediu ajuda ao segurança do terminal Bandeirantes
Adolescente de 17 anos denunciou homem que a assediava dentro de ônibus do transporte coletivo, esta tarde, em Campo Grande. A jovem pediu ajuda ao segurança do Terminal Bandeirantes, que acionou a Guarda Municipal.
A vítima, acadêmica de Direito, estava no ônibus 070 (Bandeirantes/Gal Osório), a caminho do Terminal Bandeirantes. Durante o trajeto ficou em pé e notou que um homem se posicionou atrás dela. Até este momento, não achou nada estranho, pois havia pouco espaço no corredor.
Porém, durante a viagem, começou a achar estranho. “Senti que tinha alguma coisa passando na perna, mas, fiquei na dúvida, achei que era coisa da minha cabeça”, relatou a jovem ao Campo Grande News.
A adolescente se posicionou um pouco mais à frente e ele acompanhou a movimentação dela, ficando atrás. “Me senti pressionada, olhei para trás e ele continuava lá”.
Durante todo este tempo, o homem não a olhava. “Fiquei impressionada, com medo de falar alguma coisa, mas ele continuou roçando em mim”.
A vítima contou que não aguentou mais e pediu ajuda para outra garota que estava sentada, para ficar na frente dela. “A menina falou que não tinha problema, podia ficar, que viu o que estava acontecendo e entendia a situação”.
Tudo aconteceu poucos minutos da chegada no Terminal Bandeirantes. Quando desceu, foi até segurança do terminal e perguntou como poderia denunciar a situação.
O segurança pediu para que ela mostrasse quem era o homem, pois iria acionar a Guarda Municipal.
O suspeito já havia embarcado em outro ônibus e aguardava a saída. Com a chegada da equipe da guarda, ele foi retirado do transporte e levado ao camburão, enquanto aguardavam a chegada do pai da vítima.
Inicialmente, eles foram ao 6ºDP, no Jardim Tijuca, mas o caso foi encaminhado à Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).
Na delegacia, a adolescente estava sendo ouvida pelo psicóloga e, o homem, ainda seria interrogado. A informação da Polícia Civil é que somente depois disso iria definir como o boletim de ocorrência seria registrado.
A jovem contou que começou a fazer Direito esse ano e sabia que não poderia deixar a situação acontecer sem fazer nada. “Outras pessoas podiam passar pela mesma coisa, inclusive crianças”.
O pai da adolescente, motorista de 40 anos, ficou revoltando com o que aconteceu. “Ainda bem que ela não se alarmou, imagina se ele bate nela ou algo do tipo; mas ele deu má sorte, porque desde criança minha filha sonha em ser delegada”.