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Capital

Jovem que diz ter sido agredido na Move passa por exame de corpo de delito

Ana Maria Assis | 03/01/2011 12:08
Conforme empresa de segurança, marcas nas costas foram causadas por reação do próprio rapaz. (Foto: Divulgação)
Conforme empresa de segurança, marcas nas costas foram causadas por reação do próprio rapaz. (Foto: Divulgação)

O jovem de 20 anos que acusa seguranças da boate Move por agressão, foi esta manhã até IML (Instituto Médico Legal) fazer o exame de corpo de delito. A confusão ocorreu na madrugada do dia 1º, durante a festa de réveillon promovida pela boate, que fica próxima a Feira Central.

O rapaz registrou boletim de ocorrência na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) e entrou em contato com o Campo Grande News afirmando que foi agredido primeiro com um tapa no rosto, e em seguida com socos de vários seguranças. Ele chegou a mostrar marcas nas costas e disse que o motivo da surra teria sido banal.

Conforme o boletim registrado na Depac, as agressões começaram quando o segurança foi até ele avisando que não podia fumar no local. O jovem teria respondido que não sabia da proibição, e então, os seguranças iniciaram as agressões. Já os supostos agressores, afirmaram que ele desobedeceu as ordens após ser avisado mais de uma vez, xingou os seguranças e, ainda, deu um tapa no rosto de um deles.

O rapaz, ao voltar do exame de corpo de delito, ainda confirma a sua versão dos fatos e reclama que “a Boate Move contrata vários seguranças sem treinamento e preparo”. O rapaz diz que vai entrar com processo contra a Move e a empresa de segurança Apolo. Segundo o jovem, “nada do que os seguranças falaram no depoimento é verdade”. Ele afirma, ainda, que vai procurar a Justiça para que sejam concedidas cópias das imagens da câmera de segurança da boate. “Eles não quiseram me dar as imagens da câmera, eu quero cópias para provar o que realmente aconteceu”.

Empresa de segurança

A empresa de segurança Apolo afirmou ao Campo Grande News que nesta manhã realizou uma reunião com todos os seguranças que trabalharam na Move na noite de Reveillon. Wagner Gonçalves Miranda, supervisor da Apolo, disse que a empresa está fazendo uma investigação interna para reunir provas que municiem os seguranças contra as acusações do jovem.

Wagner afirmou que todas as empresas de seguranças de Campo Grande costumam ter dificuldades para manter as boates de acordo com a Lei Anti-fumo desde que a norma entrou em vigor. Ele explica que estabelecimentos como a Move são frequentados por jovens, que ingerem bebidas alcoólicas e que não costumam obedecer pacificamente às regras impostas pela segurança. Segundo o supervisor, as marcas de agressões ao rapaz foram resultado de golpes, como o “mata leão”, realizados pelos seguranças apenas para imobilizar o jovem, que se debatia e também acabava causando lesões em si mesmo.

“Os nossos seguranças são treinados e qualificados, em escola credenciada pela Polícia Federal. O jovem não estava sozinho. Ele estava com amigos que também foram para cima dos seguranças”, defendeu Wagner. Ele afirmou que em qualquer abordagem, são utilizadas táticas de imobilização que podem deixar marcas, principalmente em caso de reação. “Se ele estava agressivo, infelizmente não há como imobilizá-lo sem que fiquem hematomas. Nas costas ele possui arranhados, e não marcas de socos. O que pode ter ocorrido ao bater as costas na parede ou na quina de alguma porta, ao se debater”.

Wagner disse, ainda, que os seguranças não ficaram com marcas das agressões que partiram do rapaz por que são treinados para conter esse tipo de reação, mas estavam de terno e alguns tiveram suas roupas rasgadas.

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