Juiz mantém prisão de homem que atirou duas vezes na ex-namorada
Homem tentou matar a mulher, pois não aceitava o fim do relacionamento
O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, negou o pedido de liberdade provisória para um homem acusado de tentar mata a ex-namorada, no último dia 28 de janeiro, no bairro Vivendas do Parque. À polícia a mulher relatou que, após uma discussão, terminou o namoro com o rapaz e ele logo em seguida a deixou na casa de suas amigas.
O suspeito, no entanto, retornou mais tarde com uma arma ao local e tentou segurá-la pelo braço, momento em que a vítima saiu correndo. O homem então disparou duas vezes, atingindo a axila e o braço direito da vítima, de raspão. Em seguida, o homem saiu do local pilotando uma motocicleta. A vítima foi socorrida e encaminhada à unidade de saúde.
A prisão preventiva do criminoso foi decretada dois dias depois, sob os fundamentos da “garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal”. Na decisão desta terça-feira (3), Garcete reforçou que não houve mudança significativa para justificar a colocação do acusado em liberdade, pois “trata-se de crime grave e com ampla repercussão social". Na decisão, juiz ainda considerou que o acusado é réu em outro processo criminal e que ele fugiu logo após o crime, sendo localizado somente durante o cumprimento do mandado de prisão.
Feminicidios - De acordo com dados do relatório estatístico de feminicídio do TJMS, no ano de 2019 o Poder Judiciário estadual recebeu 96 denúncias de feminicídio, 31% de casos consumados e outros 69% tentados. Desse total, 26% das vítimas haviam registrado pedido de medidas de proteção anteriormente. No entanto, nem todas as medidas encontravam-se em vigor. A grande maioria das vítimas de feminicídio (74%) não haviam denunciado eventuais crimes praticados pelos seus maridos ou namorados.