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Lado Rural

MS começa a exportar derivados do etanol de milho e sorgo para a China

Autorização abre novo mercado e impulsiona a indústria bioenergética sul-mato-grossense

Por Kamila Alcântara | 10/11/2025 15:47
MS começa a exportar derivados do etanol de milho e sorgo para a China
Produção de DDG (grãos secos de destilaria) (Foto: Portal do Agronegócio)

O Brasil conquistou nesta segunda-feira (10) a habilitação das primeiras indústrias para exportar DDG (grãos secos de destilaria) e sorgo para a China e, entre elas, está uma unidade localizada em Mato Grosso do Sul, segundo nota divulgada pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária). A autorização representa um novo passo para o Estado, que consolida sua participação na cadeia do etanol de milho, setor que vem crescendo de forma acelerada no Centro-Oeste.

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O Brasil obteve autorização para exportar DDG (grãos secos de destilaria) e sorgo para a China, com cinco unidades habilitadas para DDG, incluindo uma em Mato Grosso do Sul. A medida é resultado do Protocolo de Proteínas e Grãos Derivados da Indústria do Etanol de Milho, assinado entre os países em maio de 2025. O DDG, coproduto do processamento do milho para etanol usado em ração animal, movimentou US$ 66 milhões em 2024, com 791 mil toneladas exportadas. Para o sorgo, dez unidades foram habilitadas, distribuídas em quatro estados. A China mantém-se como principal parceiro do agronegócio brasileiro, tendo importado US$ 49,6 bilhões em produtos do setor no último ano.

De acordo com o Ministério, foram habilitadas cinco unidades brasileiras para exportar DDG, sendo quatro no Mato Grosso e uma no Mato Grosso do Sul. O DDG é um coproduto do processamento do milho para etanol, utilizado na fabricação de ração animal e valorizado no mercado internacional por seu alto teor proteico.

A nova autorização é resultado direto do Protocolo de Proteínas e Grãos Derivados da Indústria do Etanol de Milho, assinado entre o Brasil e a China em maio de 2025, e marca a primeira vez que o país asiático libera o embarque desse tipo de produto brasileiro. Em 2024, o Brasil exportou cerca de 791 mil toneladas de DDG, movimentando US$ 66 milhões, e agora passa a ter um canal regular de vendas para o maior importador global de insumos agrícolas.

No caso do sorgo, também contemplado na mesma autorização, dez unidades brasileiras foram habilitadas a exportar para a China: quatro em Mato Grosso, quatro em Minas Gerais, uma em Rondônia e uma na Bahia. O Centro-Oeste responde por mais de 60% da produção nacional de sorgo, que em 2024 somou 4 milhões de toneladas, das quais 178 mil toneladas (4%) foram destinadas ao mercado externo.

A medida fortalece a relação comercial entre o Brasil e a China, que permanece como o principal parceiro do agronegócio brasileiro, responsável por US$ 49,6 bilhões em importações do agro nacional no último ano. Além do impacto econômico, o governo destaca o caráter sustentável das novas exportações: o DDG é um subproduto da produção de etanol, o que reforça a economia circular ao transformar resíduos industriais em insumos de alto valor agregado.

O avanço é resultado de uma ação conjunta entre o Mapa, o Ministério das Relações Exteriores, a Adidância Agrícola e a Embaixada do Brasil em Pequim, além de representantes do setor privado. Com as novas habilitações, o país amplia a previsibilidade de contratos e cria espaço para aumentar o volume exportado nas próximas safras, abrindo uma nova fronteira comercial especialmente promissora para Mato Grosso do Sul e os estados produtores de milho do Centro-Oeste.

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