Cesta básica de Campo Grande é a 6ª mais cara do Brasil
Custo médio ficou em R$ 777,28 em outubro, queda de 0,43%, mas acumulando alta de 3% nos últimos 12 meses
O preço da cesta básica em Campo Grande apresentou leve recuo de 0,43% em outubro de 2025 em relação a setembro, conforme levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em parceria com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). O custo médio ficou em R$ 777,28, mantendo a capital sul-mato-grossense entre as seis mais caras do Brasil.
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A cesta básica de Campo Grande registrou queda de 0,43% em outubro de 2025, atingindo R$ 777,28, mantendo-se como a sexta mais cara do Brasil, segundo levantamento do Dieese em parceria com a Conab. Apesar da redução mensal, o valor acumula alta de 3,49% em 12 meses. Oito dos 13 itens apresentaram redução de preços, com destaque para arroz agulhinha (-4,99%) e banana (-4,11%). No entanto, produtos como batata (11,53%) e tomate (4,06%) registraram aumentos significativos. O trabalhador que recebe salário mínimo precisa dedicar 112 horas e 39 minutos de trabalho para adquirir a cesta básica.
Apesar da pequena queda mensal, o valor da cesta acumula alta de 3,49% em 12 meses e 0,90% no acumulado do ano, considerando o período entre dezembro de 2024 e outubro de 2025.
Entre setembro e outubro, oito dos 13 itens da cesta básica apresentaram redução no preço médio:
- Arroz agulhinha (-4,99%)
- Banana (-4,11%)
- Açúcar cristal (-2,86%)
- Manteiga (-2,73%)
- Leite integral (-2,59%)
- Café em pó (-2,03%)
- Pão francês (-0,50%)
- Feijão carioca (-0,30%)
Por outro lado, cinco produtos encareceram:
- Batata (11,53%)
- Tomate (4,06%)
- Óleo de soja (2,63%)
- Farinha de trigo (1,15%)
- Carne bovina de primeira (0,15%)
No acumulado dos últimos 12 meses, os produtos que mais pressionaram o custo da cesta foram o café em pó (58,87%), o tomate (32,34%) e o óleo de soja (26,08%). Já as maiores quedas foram registradas em batata (-45,76%), arroz agulhinha (-33,28%) e banana (-18,32%).
O estudo também mostra o impacto da cesta básica no orçamento do trabalhador. Em outubro, quem recebe um salário mínimo de R$ 1.518,00 precisou trabalhar 112 horas e 39 minutos para comprar a cesta — ligeira melhora em relação a setembro (113h08min) e a outubro de 2024 (117h01min).
Após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o trabalhador destinou 55,36% da renda líquida para cobrir o custo da cesta básica, percentual que era de 57,70% um ano antes.
Mesmo com pequenas variações negativas em alguns itens, o custo de vida em Campo Grande segue elevado. O Dieese aponta que a estabilidade recente reflete a queda de preços em produtos agrícolas com safra favorável, como o arroz e a batata, mas o aumento expressivo no café e no tomate ainda pressiona o orçamento familiar.
A tendência, segundo o levantamento, é de estabilidade leve nos preços até o fim do ano, com possibilidade de reajustes pontuais em produtos sensíveis à entressafra, especialmente os de origem vegetal e animal.



