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Capital

Juiz rejeita pedido da defesa e marca primeira audiência do 'caso Kauan'

Nyelder Rodrigues | 17/11/2017 21:47
Mãe de Kauan, ao lado do padrasto do menino, em protesto pedindo Justiça (Foto: Nyelder Rodrigues/Arquivo)
Mãe de Kauan, ao lado do padrasto do menino, em protesto pedindo Justiça (Foto: Nyelder Rodrigues/Arquivo)

Foi marcada para o dia 18 de dezembro, às 13h30, a primeira audiência de instrução e julgamento do "caso Kauan", garoto que desapareceu em junho e não teve o corpo encontrado até hoje. Porém, adolescentes que teriam participado do crime, liderados por um professor, contaram detalhes da ação e que embasaram o processo.

Deivid Almeida Lopes, de 38 anos, é acusado de ter estuprado e esquartejado Kauan Andrade Soares dos Santos, de apenas nove anos. A vítima morava no bairro Aero Rancho - localizado na região sul de Campo Grande.

Nesta sexta-feira (17), além de designar a primeira audiência, o juiz da 7ª Vara Criminal, Marcelo Ivo de Oliveira, rejeitou o pedido da defesa pela absolvição sumária de Deivid, além de rejeição da denúncia.

O argumento usado pela defesa foi a de que, como não existe exame de corpo de delito da vítima, não há também qualquer prova de materialidade do crime, que teria sido cometido pelo professor.

Porém, Oliveira na decisão citou que "não obstante o corpo da suposta vítima não tenha sido encontrado, não se pode falar em ausência de qualquer prova de materialidade do delito, tendo em vista que foram encontrados no veículo do acusado fios de cabelo e marcas de sangue que podem ser da aludida vítima".

Além disso, o juiz diz que apenas aguarda o resultado do laudo de DNA no processo. "Somente durante a instrução criminal será possível se verificar o resultado do exame de DNA e a comprovação ou não de todos os fatos narrados na denúncia, com a consequente absolvição em caso de não restarem demonstrados, sendo precoce a eventual rejeição da denúncia".

O caso tem outras nove vítimas além de Kauan. Deivid responde pelos crimes de estupro de vulnerável com resultado morte, além de destruição ou ocultação de cadáver e vilipendiar cadáver. Também é acusado de outros dois estupros de vulnerável, quatro estupros, seis induzimentos à prostituição, além de uma contravenção penal de molestar adolescente.

Caso Kauan - Conforme relato de quatro adolescentes, com idades entre 14 de 16 anos, o menino foi violentado, antes e depois da morte, e esquartejado por Deivid no dia 25 de junho.

Os garotos, que revelaram também serem estuprados com frequência pelo professor, contaram à polícia que foram obrigados a praticar necrofilia (sexo com cadáver) e testemunharam o indiciado esquartejar o corpo de Kauan.

Os restos mortais teriam sido espalhados pelo rio Anhanduí. Segundo o diretor do Instituto de Criminalística, Marcelo Pereira Oliveira, a aplicação de luminol revela vestígios de sangues nos locais citados pelos adolescentes.

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