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Capital

Juíza usa Lei Maria da Penha e proíbe piloto de chegar perto de vizinho agredido

Jonas Mongenot, alvo da decisão, está sendo processado por agredir advogado e destruir apartamento e veículo

Marta Ferreira | 23/01/2020 15:08
Momento da prisão de Jonas, na virada do ano. (Foto: Direto das Ruas)
Momento da prisão de Jonas, na virada do ano. (Foto: Direto das Ruas)

Pivô de confusão no condomínio Jardins do Jatobá, na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, na virada de 2019 para 2020, o piloto de avião Jonas Mongenout Junior, de 41 anos, está impedido por determinação judicial de manter qualquer contato com o advogador Munir Jorge, 56 anos. A medida protetiva, com base na Lei Maria da Penha, mais conhecida por impedir agressores de se aproximar de mulheres, foi deferida na semana passada pela juíza May Melke do Amaral Siravegna, da 4ª Vara Criminal.

A solicitação está em pedido de providências anexo ao processo principal contra Jonas, por lesão corporal e dano qualificado. O teor dessa parte do processo é sigiloso, mas segundo parte da decisão disponível no Diário da Justiça, foi concedida “medida protetiva de urgência de proibição demanter contato, por qualquer meio, sob pena de prisão pelo descumprimento”.

A Polícia Civil, segundo informado, vai ser oficiada desse andamento, para fazer parte dos procedimentos de investigação já iniciados.

Procurada, a advogada Cleusa Mongenot, mãe de Jonas, disse que o filho nem de casa está saindo, para cumprir a ordem judicial que o liberou, e que vai cumprir a nova decisão. De acordo com ela, Jonas está “bastante arrependido” e todo o estrago feito no apartamento de Munir Jorge será pago.

À época, o prejuízo foi estimado em R$ 80 mil. Além de quebradeira imóvel, houve destruição de um veículo da vítima. Em defesa do piloto, a advogada repetiu que ele só agiu com violência pois o vizinho agrediu o filho dele, de 10 anos. Munir Jorge nega esse fato, que está sendo apurado pela polícia.

Como foi - Por volta das 23h30 do dia 31 de dezembro, Jonas e o filho de dez anos soltavam fogos de artifício na Afonso Pena, em frente ao prédio, para comemorar a virada do ano. Com um cachorro em casa, Munir ficou incomodado pelo barulho, desceu do apartamento e foi tirar satisfação com o vizinho.

Durante a confusão ainda na portaria, segundo o relato policial da época, Jonas ameaçou queimar a vítima com uma espécie de laser. Munir, então, agrediu o vizinho com um soco, na frente do filho de Jonas e subiu pelo elevador. Jonas, conforme descrito, subiu até a casa do vizinho, arrebentou o quadro de energia, arrombou a porta da cozinha do apartamento, invadiu o imóvel e danificou vários objetos usando extintor de incêndio. Jonas ainda foi até a garagem e danificou a motocicleta Harley Davidson e o veículo Mercedes Bens da vítima, que teve retrovisores quebrados e a lataria riscada de ponta a ponta.

O piloto foi preso e teve fiança arbitrada em R$ 100 mil, depois reduzida para R$ 40 mil, para conseguir a liberdade. 

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