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Capital

“Ele não consegue pagar R$ 40 mil, está desempregado”, diz defesa de piloto

Jonas Mongenot Júnior foi preso após quebradeira em apartamento do vizinho, em área nobre de Campo Grande

Aline dos Santos | 05/01/2020 11:10
Fachada do condomínio Jardins dos Jatobá, local da confusão entre vizinhos na virada do ano. (Foto: Henrique Kawaminami)
Fachada do condomínio Jardins dos Jatobá, local da confusão entre vizinhos na virada do ano. (Foto: Henrique Kawaminami)

A saga do valor da fiança para a liberdade do piloto de avião Jonas Mongenot Júnior, de 41 anos, preso após quebradeira em apartamento do vizinho, em área nobre de Campo Grande, ainda não chegou ao fim. Ontem (dia 4), o juiz plantonista reduziu o valor de R$ 100 mil para R$ 40 mil.

“Esse valor não é suportável, a gente vai recorrer. Ele não consegue pagar R$ 40 mil, está desempregado”, afirma o advogado Jaques Fortes de Andrade. A defesa informa que ele pode arcar com valor máximo de até três salários mínimos (R$ 3.117). Ainda conforme o advogado, o piloto teve problemas de saúde e foi transferido do Presídio de Trânsito para o Instituto Penal por motivo de segurança.

O pedido de liberdade provisória, em que o juiz Luiz Felipe Medeiros Vieira reduziu o valor da fiança, foi apresentado pela advogada Cleuza Ferreira da Cruz Mongenot, mãe de Jonas. Ela destacou a situação econômica do preso, que está desempregado e com dificuldades financeiras. Já o promotor Ricardo Benito Crepaldi deu parecer contrário à redução do valor, porque o prejuízo causado na confusão foi calculado em R$ 80 mil.

A reportagem não conseguiu contato com a advogada neste domingo. “A gente vai pedir para ela não interferir no processo, faz isso à revelia do Jonas”, diz Jaques.

Confusão - Por volta das 23h30 de 31 de dezembro, Jonas e o filho de dez anos soltavam fogos de artifício na Afonso Pena, em frente ao condomínio Jardins do Jatobá, para comemorar a virada do ano. Com um cachorro em casa, o advogado Munir Jorge, de 56 anos, ficou incomodado pelo barulho, desceu do apartamento e foi tirar satisfação com o vizinho.

Durante a confusão ainda na portaria, Jonas ameaçou queimar a vítima com uma espécie de laser. Munir, então, agrediu o vizinho com um soco, na frente do filho de Jonas e subiu pelo elevador. Jonas então subiu até a casa do vizinho, arrebentou o quadro de energia, arrombou a porta da cozinha do apartamento de Munir, invadiu o imóvel e danificou vários objetos usando um extintor de incêndio.

O piloto ainda foi até a garagem e danificou a motocicleta e o veículo da vítima, que teve retrovisores quebrados e a lataria riscada de ponta a ponta. O piloto disse que ficou “transtornado” após o filho ter recebido um “tapa na orelha” do advogado.

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