Jurados inocentam pela 2ª vez acusado de matar homem a tiros
Defesa pediu absolvição alegando “negativa de autoria” do suspeito que foi acatada por 4 votos a 1
Quatro anos após o primeiro julgamento, o pintor João Samuel Cáceres, de 46 anos, foi absolvido mais uma vez pelo assassinato de Diony Miguel em dezembro de 2002. Por quatro votos a um o júri acatou a tese da defesa que pedia a absolvição do acusado por “negativa de autoria”.
O primeiro julgamento ocorreu em junho de 2006, mas o Ministério Público não concordou com a sentença e a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça anulou o julgamento. Conforme o processo, acompanhado de Jessé da Silva (falecido em 16 de junho de 2006), João teria saido de uma festa e ido até a casa de Diony, no Bairro Parque do Sol por volta das 5h, do dia 14 de junho de 2002.
A dupla teria invadido a residência e João atirado cinco vezes contra a vítima. Depois disso, os dois retornaram à confraternização. Testemunhas apontaram João como autor, pois ele chegou ao local com uma arma no bolso da calça.
Jessé morreu em 2006 sem passar pelo júri e João foi julgado pela segunda vez. Em seu primeiro julgamento em 3 de junho de 2014, ele alegou inocência e foi absolvido, no entanto, o MP não concordou com a sentença e a 3ª Câmara Criminal do TJ anulou o julgamento.
“Não fui eu, não tenho ligação nenhuma com esse homicídio. No dia que aconteceu eu estava em casa porque tinha q trabalho pesado cedo”, disse, ainda hoje durante a sessão.
Ele cumpre pena em regime semiaberto por outro homicídio cometido em 2008. Ele confessou o crime e foi condenado a seis anos e termina a pena no mês que vem. Tem também passagem por violência doméstica e porte ilegal de arma de fogo.