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Capital

Justiça absolve PM que “virou” advogado para se defender na Máfia do Cigarro

“Eu poderia retornar para a polícia, mas eu quero advogar e defender inocentes”

Aline dos Santos | 15/08/2021 09:46
Julgamento virtual foi realizado na última sexta-feira, em Campo Grande. (Foto: Reprodução)
Julgamento virtual foi realizado na última sexta-feira, em Campo Grande. (Foto: Reprodução)

A Justiça absolveu, por unanimidade, o tenente-coronel Wesley Freire de Araújo, alvo em maio do ano passado, da operação Oiketicus (bicho cigarreiro), que atua na repressão à Máfia do Cigarro.

O julgamento foi na tarde da última sexta-feira (dia 13) e o oficial, agora na reserva remunerada da PM (Polícia Militar), atuou na própria defesa. Após ser alvo da operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), Wesley Araújo, que já havia cursado Direito, fez inscrição na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

“Fui absolvido das denúncias de organização criminosa e corrupção passiva. Eu poderia retornar para a polícia, mas eu quero advogar e defender as pessoas que são inocentes”, afirma.

De acordo com ele, a denúncia continha análises ruins. “Essas pretensas planilhas, que nem sabemos se são autênticas, eram anteriores à minha chegada à região. A análise foi muito mal feita e provei na minha defesa. A acusação utilizou de dados de inteligência para acusar. Isso não é permitido no processo penal”, diz Wesley.

Conforme a denúncia, Wesley Freire de Araújo estava no comando da PM de Amambai, em 2017 e foi citado em conversa de WhatsApp, por Fábio Costa, o Pingo, ex-policial militar que recrutaria policiais para a Máfia do Cigarro.

“A Polícia Militar, caso achasse elementos probatórios, poderia ter me expulsado. Mas nem instaurou procedimento para isso, que é o Conselho de Justificação”.

Na sexta-feira, a Justiça ainda absolveu Luiz Cézar de Souza Herculano. Por placar de cinco a zero. No ano passado, o oficial era major, mas durante o processo, foi promovido a tenente-coronel. Os oficiais foram julgados pelo juiz da Auditoria Militar e quatro juízes militares.

A Justiça também já absolveu coronel Kleber Haddad Lane e os tenentes-coronéis Carlos da Silva e Josafá Pereira Dominoni.

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