Justiça determina retorno à prisão de cinco investigados no jogo do bicho
Tribunal considerou risco à ordem pública e histórico de violência da organização criminosa armada

A Justiça restabeleceu, nesta terça-feira (23), prisão preventiva de cinco réus da Operação Successione em Campo Grande. A decisão foi unânime, atende ao recurso do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e considera risco à ordem pública. Os réus são acusados de integrar uma organização criminosa armada envolvida no jogo do bicho e crimes correlatos.
RESUMO
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Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul restabelece prisão de cinco réus da Operação Successione. A decisão unânime atende a recurso do Ministério Público Estadual e se baseia no risco à ordem pública. Os réus são acusados de integrar organização criminosa envolvida com jogo do bicho e crimes correlatos. Um dos réus cumprirá prisão domiciliar devido a tratamento de saúde. A Corte considerou a gravidade dos crimes, a estrutura armada do grupo e o risco de novos confrontos entre grupos rivais. A Operação Successione, deflagrada em dezembro de 2023, investiga 15 pessoas, incluindo policiais militares da reserva, por crimes como violência, porte ilegal de armas e exploração do jogo do bicho. A operação é um desdobramento da Operação Omertà, iniciada em 2019, que investigou crimes semelhantes e corrupção de agentes públicos.
Conforme publicação no Diário de Justiça, os investigados que retornam à prisão são Manoel José Ribeiro, Gilberto Luis dos Santos, Valnir Queiroz Martinelli, Wilson Souza Goulart e José Eduardo Abdulahad. Abdulahad cumprirá prisão domiciliar devido ao tratamento contra o câncer. A 1ª Câmara Criminal entendeu que a liberdade anterior poderia favorecer novos confrontos entre grupos rivais que disputam o controle da contravenção.
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O relator do caso, desembargador Jonas Hass Silva Júnior, destacou a gravidade dos crimes e a estrutura armada do grupo. Ele seguiu o parecer do procurador de Justiça Marcos Sisti e a decisão foi acompanhada de forma unânime pelos demais desembargadores. A Corte considerou que a conclusão da instrução criminal não elimina o risco à ordem pública, especialmente em casos envolvendo facções com histórico de violência.
Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), o grupo utilizava violência, armas de fogo e exploração ilegal do jogo do bicho para consolidar o domínio sobre a contravenção. A organização tinha hierarquia definida, divisão de funções e envolvimento em roubos triplamente majorados. Um dos denunciados segue foragido desde a deflagração da operação.
A Operação Successione foi deflagrada em 5 de dezembro de 2023 com o objetivo de desarticular uma organização criminosa composta por 15 pessoas, incluindo policiais militares da reserva. A ofensiva surgiu após a Operação Omertà, iniciada em 2019, que desmantelou estruturas criminosas anteriores ligadas à exploração do jogo do bicho e à corrupção de agentes públicos.
Vale ressaltar que o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) já restabeleceu as prisões preventivas de Mateus Aquino Júnior, Julio Cezar Ferreira dos Santos, Diego de Sousa Nunes e Edilson Rodrigues Ferreira. O processo ainda segue em fase de elaboração de sentença.
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