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Capital

Justiça só vai interrogar assassino de Mayara após exame de insanidade

Liniker Ribeiro | 30/07/2018 17:36
Luís Alberto sendo escoltado por policiais, na tarde desta segunda-feira (Foto: Fernando Antunes)
Luís Alberto sendo escoltado por policiais, na tarde desta segunda-feira (Foto: Fernando Antunes)

A Justiça acatou o pedido da defesa e remarcou o interrogatório de Luís Alberto Bastos Barbosa, de 29 anos, réu confesso pela morte da musicista Mayara Amaral. Ele seria ouvido na tarde de hoje (30), junto de três testemunhas de acusação e quatro de defesa, porém, uma das pessoas previstas para depor a favor de Luís, não foi encontrada e, consequentemente, intimada. A nova audiência foi marcada para o dia 16 de agosto.

Segundo o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, a testemunha, que seria amiga de Luís, não foi encontrada no endereço indicado pela defesa. O proprietário do imóvel onde ela morava afirmou que a mesma já não residia no local há pelo menos dois meses.

Sem abrir mão de ouvi-la, a defesa solicitou novo prazo para encontrá-la, alegando que o depoimento será de extrema importância para o caso. Com isso, a defesa terá prazo de 24h para apresentar um novo endereço para intimação. Caso isso não aconteça, a defesa está sujeita a multas e pode ter de arcar com os gastos da diligência do Oficial de Justiça.

O Ministério Público se mostrou contrário a decisão, mas a defesa rebateu novamente afirmando que é de direito de seu cliente que todas as testemunhas sejam ouvidas.

Depoimentos - Além das testemunhas de acusação - dois policiais e a camareira do motel onde Mayara foi morta - foram ouvidas três testemunhas de defesa, entre elas a mãe do réu, a ex-namorada e um amigo.

A mãe de Luís confirmou que Mayara chegou a frequentar por quatro ou cinco vezes sua casa, porém, nunca dormiu com o filho - que mantinha um relacionamento amoroso há 7 anos com outra pessoa. Ela também que só ficou sabendo do envolvimento do filho com drogas pesadas, além de maconha, no dia em que os policiais estiveram no local.

A então namorada de Luís, confirmou a união há 7 anos e afirmou que estava prestes a se casar com ele. "Estávamos procurando por uma casa", afirmou em depoimento. Ainda segundo ela, o namorado sempre apresentou ser calmo, que não era depressivo e nunca chegou a levantar a voz para ela, enquanto estiveram juntos.

A jovem também revelou que não tinha conhecimento da relação entre Luís e Mayara e que não chegou a conhece-la.

Um amigo do réu, há pelo menos 9 anos, também foi ouvido. Segundo ele, a fama de Luís era de quem mantinha uma vida amorosa "acelerada", indicando que, além da namorada, o rapaz mantinha outros casos extraconjugais. Apesar de afirmar isso, o conhecido não soube precisar quantos casos o amigo mantinha. Ainda segundo ele, Luís sempre foi calmo e não apresentava problemas ou atitudes agressivas.

Exames - A Justiça aceitou que Luís Alberto passe por exames de insanidade mental e antecipou a consulta até então marcada para o dia 5 de outubro para 7 de agosto. A defesa alega que o rapaz estava sob efeito de drogas no momento em que cometeu o crime e sobre crises de abstinência constantes no presídio.

Mayara foi morta no dia 25 de julho de 2018, em um dos quartos do motel Gruta do Amor, na Euler de Azevedo. O corpo da vítima foi encontrado parcialmente carbonizado na estrada que dá acesso a cachoeira conhecida como “Inferninho”, na Capital.

Continua preso - Ainda segundo a defesa de Luís, o réu confesso continuará preso durante o decorrer do processo. "A medida é um pedido dos familiares do meu cliente [pai, mãe e irmão] em respeito à família da vítima", revelou Conrado, ao destacar ainda que seu cliente concordou com decisão.

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