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Capital

"Ladrão de almas" e mais 2 são julgados por decapitar jovem a mando do PCC

"Alemãozinho" sumiu em dezembro de 2019 e foi morto porque fazia parte da facção criminosa rival

Dayene Paz e Bruna Marques | 13/04/2022 10:32
Sandro Lucas sumiu em dezembro de 2019 e, segundo a investigação, foi vítima do "tribunal do crime". (Foto: Arquivo)
Sandro Lucas sumiu em dezembro de 2019 e, segundo a investigação, foi vítima do "tribunal do crime". (Foto: Arquivo)

Rafael Aquino de Queiroz, de 36 anos, vulgo "Professor" ou "Enigma", Adson Vitor Farias, de 22, vulgo "Ladrão de almas", e Eliezer Nunes Romero, de 18 anos, o "Maldade", são julgados pelo assassinato de Sandro Lucas de Oliveira, 24 anos. O rapaz ficou desaparecido por oito meses e os restos mortais foram encontrados em 28 de julho de 2020, em Campo Grande. Ele foi decapitado e enterrado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).

Durante o júri desta quarta-feira (13), Rafael e Eliezer ficaram em silêncio. Já Adson nega as acusações. "O Adson nega totalmente e diz que não tem nada a ver com o caso", disse o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, que preside a sessão de hoje.

Eles foram denunciados pelo Ministério Público pelos crimes de homicídio qualificado, por motivo torpe e recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima, por cárcere privado, ocultação de cadáver e organização criminosa.

Trio acompanha sessão por vídeo-conferência. (Foto: Henrique Kawaminami)
Trio acompanha sessão por vídeo-conferência. (Foto: Henrique Kawaminami)

O crime - Conforme a denúncia do MPE, o crime ocorreu em dezembro de 2019. Cinco homens - todos presos atualmente - são acusados pelo assassinato. Eles sequestraram Sandro, vulgo "Alemãozinho", e o mantiveram em um barraco na Vila Bordon, em Campo Grande. O motivo seria porque a vítima fazia parte da facção rival ao PCC, o CV (Comando Vermelho).

Sandro foi julgado pela facção criminosa no chamado "Tribunal do crime" e sentenciado à morte. A vítima então foi levada até uma chácara abandonada, localizada aos fundos da Uniderp Agrárias, onde foi decapitada e enterrada.

Os restos mortais foram encontrados quase oito meses depois pela polícia, na Chácara dos Poderes. Na época, sete pessoas foram presas durante a investigação, entre elas, um adolescente. Cinco foram denunciadas pelo Ministério Público.

Outros dois acusados, Sidnei Jesus Rerostuk, de 29 anos, vulgo "Capetinha", e Eder de Barros Vieira, 39 anos, vulgo "Mistério", ainda não foram julgados. A defesa entrou com recurso que está em andamento na Justiça.


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