Leilão de área nobre avaliada em R$ 15,4 milhões fracassa após lances baixos
Terreno em frente à Universidade Uniderp só recebeu propostas inferiores ao valor estipulado
Leilão do terreno da prefeitura de Campo Grande, localizado no bairro Chácara Cachoeira, fracassou nesta quinta-feira (11). Classificado como “área verde” na Rua Ceará, o espaço de 6.521 metros quadrados, em frente à Universidade Uniderp, não recebeu propostas no valor mínimo estipulado de R$ 15.416.817,78.
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O leilão de um terreno público de 6.521 metros quadrados, localizado no bairro Chácara Cachoeira, em Campo Grande, fracassou após não receber propostas que alcançassem o valor mínimo estipulado de R$ 15,4 milhões. A área, classificada como "verde", está situada em frente à Universidade Anhanguera-Uniderp. O espaço, atualmente utilizado de forma irregular como estacionamento e para instalação de lanchonetes, é objeto de controvérsia. Em 2023, manifestantes protestaram contra seu uso irregular, comparando a situação com remoções de famílias em áreas periféricas. A Prefeitura deverá decidir entre reduzir o valor ou realizar novo leilão nas mesmas condições.
Interessados chegaram a enviar ofertas por e-mail, porém, todas ficaram abaixo da avaliação oficial. A prefeitura agora deve decidir se reduz o valor estipulado ou se leva o imóvel novamente a leilão nas mesmas condições.
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O terreno fica no quadrilátero formado pelas ruas Anajás, São Vicente de Paulo e Elvira Coelho Machado e pela Travessa Guruá. Hoje, é usado de forma irregular como estacionamento e abriga lanchonetes que dizem estar no local há mais de 20 anos.
A venda é autorizada por lei municipal que prevê a alienação de imóveis públicos desocupados. No edital, a administração argumenta que a área não possui destinação definida por órgãos como Planurb (Agência de Meio Ambiente e Planejamento Urbano) ou EMHA (Agência Municipal de Habitação).
A justificativa oficial é que “a alienação de imóveis públicos desocupados é uma medida estratégica adotada por muitos municípios com o objetivo de potencializar o uso de ativos ociosos, promovendo o desenvolvimento econômico, social e tecnológico”.
Em 2023, manifestantes protestaram contra a utilização irregular do espaço como estacionamento, alegando tratamento desigual em relação a famílias removidas de áreas ocupadas na periferia da cidade. Na época, a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) chegou a limpar o local com maquinário, mas o espaço voltou a ser usado para a mesma finalidade.