ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SÁBADO  27    CAMPO GRANDE 25º

Capital

Lixo acumula até em pontilhão movimentado da Ernesto Geisel

Moradores da região reclamam de situação em uma das alças desativadas

Paula Maciulevicius Brasil e Laiane Paixão | 05/10/2020 14:35
Lixo toma conta de vegetação do viaduto da Salgado Filho (Foto: Marcos Maluf)
Lixo toma conta de vegetação do viaduto da Salgado Filho (Foto: Marcos Maluf)

Uma cena que chama a atenção dos motoristas que passam pelo pontilhão da Avenida Salgado Filho é do lixo acumulado do lado esquerdo, numa das alças desativadas que ligava à Avenida Ernesto Geisel.

Quem passa por ali sempre, diz que a sujeira não é de hoje e que a área tem juntado cada vez mais lixo. Seu Nilson Souza tem 74 anos e faz daquele trajeto seu caminho para ir ao mercado.

Lixo já está ali há um tempo e cada vez maior, diz seu Nilson. (Foto: Marcos Maluf)
Lixo já está ali há um tempo e cada vez maior, diz seu Nilson. (Foto: Marcos Maluf)

"É uma falta de respeito, as pessoas chegam e jogam lixo numa região que tem coleta e numa área alheia, seja pública ou privada, ninguém tem esse direito", observa.

O lixo é o reflexo de outra questão que o Campo Grande News percebeu no local. O antigo bar, hoje desativado, na esquina da Rua Santa Adélia com a Avenida Ernesto Geisel, se tornou ao longo dos anos, um ponto de morada de usuários de drogas, e seriam eles os responsáveis pelo lixo jogado.

Resto de marmita, roupas, garrafas de corotes, é o que resume o lixo da área. A equipe conversou com o dono do lava-jato, também na Rua Santa Adélia, que pediu para não ser identificado por medo de represálias.

Lixo seria descartado por moradores e rua e usuários de drogas que invadiram um bar desativado na região. (Foto: Marcos Maluf)
Lixo seria descartado por moradores e rua e usuários de drogas que invadiram um bar desativado na região. (Foto: Marcos Maluf)

"Desde que foi invadida a área do bar, que há dois anos a gente tenta vender, e moradores de rua entraram, o pessoal vem doar comida e eles jogam as marmitas ali no fundo, roupas", conta.

Ele relata que já tentou conversar e até pedir a saída, que chega a acontecer por um dia, mas na manhã seguinte o local volta a ser invadido. "A gente evita tratar mal essas pessoas com medo de represálias, já aconteceu briga aqui eles tacaram fogo no meu banheiro", explica.

O lixo também mostra fiação queimada, fruto de furtos na região. "Tudo que eles encontram, levam. E sempre falo para eles não jogarem lixo ali, mas à noite não tem como fiscalizar, e é neste horário que eles jogam e ainda tacam fogo para queimar os fios e eles pegarem o cobre", completa.

Nos siga no Google Notícias