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Capital

Lixo e fogo são problemas recorrentes em terreno perto do Parque do Sóter

Tem morador que prefere colocar fogo para evitar riscos à saúde por conta da sujeira nas áreas

Por Silvia Frias e Geniffer Valeriano | 13/02/2024 17:44
Incêndio consumiu 1 hectare de terreno perto do Parque do Sóter (Foto: Osmar Daniel Veiga)
Incêndio consumiu 1 hectare de terreno perto do Parque do Sóter (Foto: Osmar Daniel Veiga)

O acúmulo de lixo é problema recorrente em terreno na Rua Antônio Rahe, perto do Parque Ecológico do Sóter, na Mata do Jacinto. Os registros de incêndios também, segundo o subtenente Erivaldo Rodrigues, do Corpo de Bombeiros, que já veio pela terceira vez apagar fogo no local desde o ano passado.

Hoje, o estrago foi pequeno e as chamas foram extintas com abafador, disse o bombeiro. “Aqui é frequente o chamado para apagar incêndio nesse terreno, tem muita gente que joga lixo aqui e coloca fogo”, contou o militar.

No terreno, a vegetação está alta e o fogo se alastrou na parte seca. De longe, a fumaça chamava atenção e dava impressão de ser até dentro do Parque do Sóter, mas que não foi atingido.

O vendedor ambulante Cléber Petri, 68 anos, há dois anos tem ponto de venda perto do parque. “Nesses dois anos não vi esse terreno sendo limpo, só o mato alto mesmo”.

Oséias Ferreira, 61 anos, também é vendedor ambulante e diz que o terreno é usado por ladrões de fiação que colocam fogo nos fios para separar o cobre. “Hoje foi pouquinha coisa, mas tem dias que foi pior”.

O militar diz que, normalmente, o fogo começa em outra rua, a Paulo Tognini, que também é usada indevidamente como lixão. Por lá, jogaram entulhos de obras, galhos de árvores, resto de roupas e até para-choque de carros de passeio.

Lixo jogado na Rua Paulo Tognini, perto do parque, outro local de preocupação para moradores (Foto: Osmar Daniel Veiga)
Lixo jogado na Rua Paulo Tognini, perto do parque, outro local de preocupação para moradores (Foto: Osmar Daniel Veiga)

Quem mora perto se irrita com o lixo acumulado e parte para ação drástica e perigosa, como a dona de casa Rosângela Chimenes, 68 anos. Segundo ela, até 2022 o proprietário aparecia, fazia uma limpeza “para inglês ver” e, tempos depois, o mato crescia e o lixo voltava a ser jogado no local, como pneus e garrafas, provocando acumulo de água. “Já fui várias vezes virar potes e tampas, o que que faz nessa situação? Tem que queimar”, justificou.

A dona de casa diz que não colocou fogo no terreno próximo do Sóter, mas admite que já recorreu à prática. “Melhor ter dor de cabeça com fumaça do que com dengue; já vieram equipes da prefeitura aqui, mas ninguém faz nada, a gente vai brigar com quem?”.

A dona de casa também diz que uma empresa de caçamba sempre usa os terrenos para jogar lixo. Ela interpelou os funcionários e a promessa feita em 2023 é que não iriam mais nos terrenos baldios da região. “Mas até agora, nada”.

Caixas com roupas deixadas na calçada da Rua Paulo Tognini (Foto: Osmar Daniel Veiga)
Caixas com roupas deixadas na calçada da Rua Paulo Tognini (Foto: Osmar Daniel Veiga)

Em orientação já publicada pelo Campo Grande News, o Corpo de Bombeiros Militar pede à população que não lance pontas de cigarro pela janela do veículo, sempre limpar terrenos sem uso de fogo e não jogar lixo pelas ruas e terrenos. Incendiar terrenos baldios e pastagens é crime, conforme a Lei Federal 9.605/98. Quem for pego colocando fogo pode ser preso por até quatro anos, além de pagar multa de R$ 9 mil.

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