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Capital

Luiz Adler promete ambiente virtual para que OAB cumpra função social

Ricardo Campos Jr. | 30/10/2015 11:01
Mônica e Luiz Renato Adler durante visita ao Campo Grande News (Foto: Fernando Ientzsch)
Mônica e Luiz Renato Adler durante visita ao Campo Grande News (Foto: Fernando Ientzsch)

Para revitalizar a atuação da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso do Sul) perante a sociedade, o candidato à presidência Luiz Renato Adler promete criar um plenário virtual para que o conselho se reúna e se manifeste em nome da entidade em situações de interesse público. Com a medida, não será mais necessário esperar o encontro ordinário mensal e as medidas em situações urgentes poderão ser tomadas em tempo real.

Ele visitou o Campo Grande News nesta sexta-feira (30) acompanhado pela candidata a vice-presidente Mônica Barros Reis. Os dois lideram a chapa 44, originada a partir da união entre três grupos: Fraternitas, composto por 75 mulheres que lutam para legitimar o público feminino dentro da instituição e no mercado de trabalho; o Nossa Ordem, que há quatro anos se preocupa em melhorar as condições dos profissionais e os advogados que atuam nas salas de aula.

"Queremos resgatar os valores que se perderam. A OAB-MS vai participar ativamente de todas as decisões", explica Adler.

Para viabilizar essa meta, eles pretendem incrementar o portal da transparência da entidade, atualizando-o a cada mês, pois, no entendimento da equipe, a entidade deve retorno não apenas aos profisisonais, mas a todas as pessoas. "Queremos um site simples e detalhado, para o leigo e para o advogado", completa o candidato.

Mulheres – As normas institucionais estabelecem que pelo menos 30% dos cargos de gestão da ordem sejam preenchidos por advogadas. Na chapa de Adler, metade das funções serão assumidas pelo público feminino.

"Estamos presentes em todos os órgãos da ordem em cargos de decisão, como diretoria, conselho federal. É uma chapa extremamente qualificada", explica Mônica.

Segundo Adler, todas essas mulheres são titulares e algumas são doutoras em direito, assim como outros membros da futura diretoria, caso a chapa seja eleita. O motivo, segundo ele, é que o grupo buscou a qualidade na escolha dos dirigentes. Assim, o número de mulheres não representa somente um percentual, mas uma necessidade, tendo em vista que as qualificações de muitas delas as tornavam aptas a ocupar os cargos independentemente do sexo.

Jovens advogados – A política de incentivo aos recém-formados que ingressam na OAB é uma das frentes de trabalho mais significativas no grupo liderado por Adler. Entrar no mercado de trabalho não é fácil, dada a concorrência e os custos para conseguir constituir uma empresa e operacionalizá-la.

Atualmente existe um desconto na anuidade daqueles que deixam a faculdade, passam no exame da ordem e começam a atuar. A chapa promete isenção total do valor durante o primeiro ano de formado e aumento progressivo do valor de modo que só atinga a quantia integral no quinto ano de exercício do direito.

Outra meta é incrementar a atuação da ESA (Escola Superior de Advocacia) para que ela ofereça cursos gratuitos que ajudem os novatos a redigir petições e comandar um escritório próprio, se for o caso. Além disso, haverá profissionais com plantões tira-dúvida presenciais e online.

Para quem ainda não dispõe de espaço físico, será implantado um dentro da sede da instituição, que poderá ser utilizado no atendimento de clientes.

Valorização do interior – Adler e Mônica acreditam que é preciso definir as prioridades de gestão, voltando o olhar não somente para a Capital, mas também às sub-sedes espalhadas em Mato Grosso do Sul. Assim, antes de pensar em obras grandiosas, o grupo pretende resolver problemas pontuais que às vezes atrapalham o trabalho dos colegas em outras cidades.

"Tem que ter uma sala que funcione", diz o candidato à presidência. Segundo ele, em alguns locais os prédios não tem sequer uma internet de qualidade, extremamente essencial na atualidade, já que as petições são feitas por meio de sistema online.

Como proposta concreta, o grupo pretende, em um primeiro momento, tirar a tão sonhada descentralização da ordem, criando polos gerenciais em algumas localidades. "Vamos criar uma comissão para analisar isso", dizem os candidatos.

Em seguida, promete aumentar o repasse mensal para as sub-sedes, aumentando a autonomia financeira. Hoje, segundo eles, pequenos reparos têm sido resolvidos pelos próprios advogados com dinheiro do próprio bolso, já que a burocracia para obter dinheiro da capital é grande.

Para que o olhar ao interior não fique apenas em período eleitoral, a chapa 44 promete enviar um diretor pelo menos uma vez por mês em uma cidade do interior para diagnosticar problemas que podem ser facilmente resolvidos imediatamente e, pelo menos uma vez por ano, realizar a reunião mensal fora de Campo Grande.

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