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Capital

Mãe de travesti condenada por matar policial é presa vendendo cocaína

Rafael Ribeiro | 27/07/2017 13:21
Lúcia é mãe de dois condenados pela morte de um policial após roubo de colar avaliado em R$ 80 mil (Foto: Polícia Civil)
Lúcia é mãe de dois condenados pela morte de um policial após roubo de colar avaliado em R$ 80 mil (Foto: Polícia Civil)
Travesti Alexia durante o júri que a condenou a 24 anos de prisão, em julho deste ano (Foto: André Bittar)
Travesti Alexia durante o júri que a condenou a 24 anos de prisão, em julho deste ano (Foto: André Bittar)

Policiais civis da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) prenderam em operação desencandeada na última quarta-feira (26) a mãe de uma travesti condenada a 24 anos de prisão pelo homicídio qualificado de um policial civil ocorrido em 2014.

Lúcia Helena Barbosa Gonçalves, 56 anos, foi detida por volta das 9h em uma casa do Jardim Campo Nobre (zona sul da Capital) com mais um homem e uma adolescente. Com eles, foram apreendidos 11 porções de pasta base de cocaína, 136 gramas de maconha e cinco munições compatíveis com armamento de calibre ponto 38.

Um outro acusado foi preso na região durante a operação, com 26 papelotes de cocaína. Ele também estava acompanhado de um adolescente.

Lúcia é mãe de Alexsandro Gonçalves Rocha, travesti conhecida como Alexia, e que em julho foi condenada pela 1ª Vara do Tribunal do Júri pelo assassinato a tiros do investigador Dirceu Rodrigues dos Santos, ocorrido em fevereiro de 2014.


Na ocasião, o policial Osmar Ferreira também foi agredido e chegou a ficar desacordado. “A malvadez do delito foi elevadíssima. Disparou friamente contra a cabeça da vítima. Disparo a curta distância. Pelo que deve sopesar em seu desfavor”, disse o juiz Carlos Alberto Garcete, durante a leitura da sentença.


Outros três homens também foram condenados pelo crime em julho. Um deles é o irmão de Alexia e também filho de Lúcia, Alexandre Gonçalves da Rocha, que ficará nove anos em reclusão, três meses de detenção e dez dias-multa, pelos crimes de lesão corporal seguida de morte, lesão corporal de natureza leve, furto e corrupção de menores.


Dirceu e Osmar Ferreira investigavam o roubo de uma corrente de ouro, avaliada em R$ 80 mil, quando marcaram encontro com a travesti. Alexia, sem saber que os dois eram policiais, confirmou que estava com a joia e os levou até a casa da avó dela.


Contudo, no momento em que Osmar já estava com a corrente em mãos, foi agredido por Alexandre Gonçalves e ficou desacordado. A travesti, então, pegou a arma do policial, foi até a varanda e atirou em Dirceu que aguardava ao lado de fora da residência. Mesmo ferido, o investigador tentou fugir, mas foi alcançado e morto com mais dois tiros na cabeça disparado pela travesti.


Lúcia, na época chegou a ser indiciada pela polícia por supostamente esconder a joia em seu guarda-roupa e acobertar a participação dos filhos. Foi presa em flagrante, mas acabou inocentada das acusações.

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