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Capital

Mais de 30 sofás são descartados a céu aberto em trecho de 3,5 km de avenida

Além do lixo jogado a céu aberto, moradores reclamam do cheiro de animal morto

Por Raíssa Rojas e Murilo Medeiros | 22/05/2025 10:37
Mais de 30 sofás são descartados a céu aberto em trecho de 3,5 km de avenida
Sofás descartados irregularmente na região na Rua Marquês de Herval (Fotos: Murilo Medeiros)

Percorrendo a Rua Marquês de Herval, avenida que liga o bairro Nova Lima à Avenida Tamandaré, na região norte de Campo Grande, o Campo Grande News encontrou 33 sofás descartados a céu aberto em percurso de 3,5 km. O "enxoval" abandonado inclui também colchões, máquinas de lavar, partes de camas, tudo jogado entre entulhos de construção, restos de madeira e forte odor, descrito por moradores como “fedor de bicho morto”.

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Na Rua Marquês de Herval, em Campo Grande, foram encontrados 33 sofás descartados irregularmente em um trecho de 3 km. Além dos móveis, há colchões, máquinas de lavar e entulhos diversos, causando transtornos aos moradores devido ao mau cheiro e à proliferação de pragas. O problema se estende a bairros vizinhos, como Vila Almeida e Coopatrabalho. Apesar da existência de ecopontos gratuitos na cidade, o descarte irregular persiste. A prática é considerada crime ambiental, com multas que variam de R$ 2.944,50 a R$ 12.366,00, podendo ser denunciada através dos números 156 ou 153.

A situação de lixo a céu aberto se repete em bairros e vias próximas: Vila Almeida, Coophatrabalho, Sírio Libanês, e Conjunto José Abrão.

Mais de 30 sofás são descartados a céu aberto em trecho de 3,5 km de avenida
Sofá e colchão descartado irregularmente na avenida Euler de Azevedo, bairro José Abrão (Foto: Murilo Medeiros)

Morador da região, Luiz Carlos de Oliveira, de 45 anos, é tapeceiro, e além de reclamar da situação de lixo da rua, ele nota o desperdício e descaso com os mais de 30 sofás que poderiam ser reformados. “A pessoa que joga fora, além de tudo, está perdendo dinheiro. O madeiramento de antigamente era bem melhor, de mais qualidade, e pode ser aproveitado por muito tempo. É falta de conhecimento. E outra coisa, atrai escorpião, barata, rato, e suja o meio ambiente”, relata.

Mais de 30 sofás são descartados a céu aberto em trecho de 3,5 km de avenida
Luiz Carlos conta que é a reforma varia até R$ 1.200 dependendo do estado do sofá (Foto: Murilo Medeiros)

Osana Leite e Mauro Segovia, ambos de 54 anos, são moradores do Nova Lima e costumam correr pela Marquês de Herval, mas dizem que a situação está cada vez mais insustentável.
“A Prefeitura limpa, mas o pessoal volta a jogar lixo. Não adianta. E dizem que vão asfaltar, mas nunca acontece. Com certeza, se tivesse asfalto, a região pareceria mais cuidada. Falta fiscalização e consciência do povo”, reclama Mauro.

“Tem muito lixo, até cachorro morto. É insuportável, não dá nem para respirar. Eu acho que não são só pessoas de fora, tem morador da própria região jogando lixo perto de casa. É um absurdo, precisava multar”, reforça Osana.

Mais de 30 sofás são descartados a céu aberto em trecho de 3,5 km de avenida
Osana e Mauro reclamam do lixo na Marquês de Herval (Foto: Murilo Medeiros)

O recolhimento de animais mortos de pequeno porte, como cães e gatos, pode ser solicitado gratuitamente à Solurb, ou realizado por clínicas veterinárias particulares. O descarte incorreto desses animais, além de representar risco à saúde pública, pode resultar em multa de até R$ 10 mil.

José Paulo da Silva, 50 anos, construtor e morador da área, reforça o problema do mau cheiro e da desorganização. “Às vezes jogam cachorro morto e o cheiro vem parar aqui. Aquilo virou um lixão, é descaso total. Tem que ter mais fiscalização, câmeras, asfalto”, ele conta que já viu até caminhão jogar entulho nesta rua.

Mais de 30 sofás são descartados a céu aberto em trecho de 3,5 km de avenida
José Paulo diz que é descarte irregular é falta de conscientização das pessoas (Foto: Murilo Medeiros)

Ele também aponta que há alternativas, como o ecoponto que tem perto da região. São cinco unidades espalhadas por Campo Grande que recebem sofás, móveis, eletrodomésticos e resíduos volumosos. O descarte é gratuito, com limite de 1 metro cúbico por usuário por dia, funcionando de segunda a sábado, das 8h às 18h.

Na capital, o descarte irregular de lixo é considerado crime ambiental e pode gerar multas que variam de R$ 2.944,50 a R$ 12.366,00, caso o infrator seja identificado.

A população pode denunciar o descarte de resíduos em locais inadequados pelo número 156, principal canal de atendimento da Prefeitura, ou diretamente à Patrulha Ambiental da Guarda Civil Metropolitana, pelo telefone 153.

Mais de 30 sofás são descartados a céu aberto em trecho de 3,5 km de avenida
Sofá destruído com lixo em terreno na Rua Marquês de Herval (Foto: Murilo Medeiros)

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