Dólar encosta em R$ 5,34 e bolsa recua com incerteza sobre juros nos EUA
Divisão no Fed sobre novos cortes provoca alta da moeda americana e derruba o Ibovespa no Brasil
O dólar encostou em R$ 5,34 e o Ibovespa caiu nesta quarta-feira (19), após a ata do Fed (Federal Reserve) mostrar divisão sobre novos cortes de juros, em dia marcado pela busca por proteção no mercado financeiro. A moeda avançou durante todo o pregão em Brasília, diante da leitura de que a política monetária dos Estados Unidos pode seguir incerta. A bolsa recuou porque investidores reagiram ao cenário externo e ao aumento do risco global.
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O dólar aproximou-se de R$ 5,34 e o Ibovespa registrou queda nesta quarta-feira (19), após a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed) revelar divergências sobre futuros cortes nas taxas de juros americanas. A moeda norte-americana avançou durante todo o pregão em Brasília, refletindo incertezas sobre a política monetária dos Estados Unidos. O documento do Fed mostrou falta de consenso entre os dirigentes sobre uma possível redução dos juros em dezembro. Enquanto alguns defendem cortes para estimular a economia, outros alertam sobre riscos à meta inflacionária de 2%. A paralisação parcial do governo americano e a consequente falta de dados oficiais aumentaram a cautela na análise econômica.
O dólar comercial fechou vendido a R$ 5,338, após superar R$ 5,34 em diversos momentos. A cotação atingiu o maior nível em quase duas semanas, apesar da queda acumulada no mês e no ano. Operadores atribuíram o avanço ao aumento das dúvidas sobre a velocidade dos cortes de juros norte-americanos.
O Ibovespa encerrou aos 155.381 pontos, com baixa de 0,73%, registrando o menor patamar em nove dias. Ações de empresas ligadas a commodities caíram com a pressão do mercado internacional. Papéis do setor financeiro também recuaram, influenciados pela liquidação extrajudicial do Banco Master.
A ata do banco central estadunidense revelou falta de consenso sobre um novo corte em dezembro. Parte dos dirigentes defendeu reduzir juros para apoiar a economia dos EUA. Outro grupo alertou que cortes sucessivos podem comprometer o combate à inflação, ainda acima da meta de 2%.
A paralisação parcial do governo norte-americano deixou o Fed sem dados oficiais e aumentou a cautela na análise econômica. A instituição precisou recorrer a informações alternativas, o que ampliou a incerteza sobre os próximos passos. A nova decisão ocorrerá em 9 e 10 de dezembro.
No Brasil, o fluxo cambial até 14 de novembro apontou saída líquida de US$ 3,004 bilhões. O resultado negativo refletiu queda no canal financeiro e recuo no saldo comercial. Especialistas afirmaram que economias emergentes sofrem mais pressão quando países avançados mantêm juros altos.
Bolsas internacionais fecharam de forma mista. Wall Street subiu diante da expectativa pelo balanço da Nvidia.
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