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Capital

Mandante da execução de jovem, “Chefão do Bairro” comanda tráfico da cadeia

O detento foi identificado como Thiago Paixão, que mesmo preso comanda o tráfico na região

Viviane Oliveira | 01/04/2021 08:21
Vítima foi morta a tiros na varanda da casa onde vivia (Foto: Paulo Francis)
Vítima foi morta a tiros na varanda da casa onde vivia (Foto: Paulo Francis)

Testemunha que prestou depoimento à polícia nesta quarta-feira (30) acredita que Luiz Felipe da Silva, de 22 anos, foi executado a mando de um presidiário identificado como Thiago Paixão, o Chefão do Bairro. O assassinato estaria relacionado à disputa pelo tráfico de drogas na região do Jardim Tijuca. O crime aconteceu na tarde de ontem (31), na Rua Antônio Meirelles Assunção.

Segundo relatos de uma das testemunhas, não conhecia quem matou a vítima, mas suspeita que foi a mando do presidiário. “Luiz não comprava drogas dele, era autônomo. Nas bocas de Thiago Paixão ninguém mexe, nem mata, sempre morrem os outros traficantes que não compram dele”.

O depoente afirma ainda que o rapaz apesar de estar preso comanda vários pontos de venda de drogas na redondeza. “A boca do bar amarelo é do Thiago Paixão, entre tantas que ele tem. Ali ninguém mexe, nem a polícia", disse.  Ainda segundo relatos de testemunhas, antes de ser preso, ele ameaçava os outros traficantes do bairro dizendo que seria mais barato que uma caixa de cerveja mandar matá-los.

Execução - Conforme o boletim de ocorrência, dois  adolescentes de 15 anos presenciaram o crime. Um deles relatou à polícia que o imóvel onde ocorreu a execução era alugado por Luiz para tráfico e que a vítima estava comprando entorpecentes de vários fornecedores, o que seria proibido na região pelo “Chefão do Bairro”.

No momento do crime, um dos menores saiu para comprar refrigerante e ao retornar, uma dupla de Fiat Uno desceu atirando contra Luiz. Os adolescentes correram, um para cada lado, e se esconderam. Um deles disse que só se salvou porque aproveitou para fugir enquanto os atiradores "davam um confere" no copo para saber se Luiz estava mesmo morto.

A suspeita da polícia é de que foi utilizada uma arma calibre 380. Foram ao menos 20 disparos, vários deles atingiram a vítima na cabeça, tórax e braços. Uma motocicleta que estava no local foi apreendida. No início do mês, Luiz ficou conhecido por uma situação inusitada. Ele "se arrependeu" de ter furtado televisão de 43 polegadas e teve de comprar outra, de R$ 2 mil.

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