ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 32º

Capital

Marquinhos diz que só vai cobrar inspeção se for obrigado por lei federal

Sobre a licitação realizada há seis anos, ele aponta que pode revogar, tornando o edital nulo

Aline dos Santos e Kleber Clajus | 22/08/2018 11:05
Segundo Marquinhos, prefeitura não vai recorrer de decisão que suspendeu inspeção veicular.  (Foto: Kleber Clajus)
Segundo Marquinhos, prefeitura não vai recorrer de decisão que suspendeu inspeção veicular. (Foto: Kleber Clajus)

A prefeitura de Campo Grande não vai recorrer da decisão judicial que suspendeu a taxa de inspeção ambiental veicular e a cidade só terá essa modalidade de cobrança se for imposição de lei federal. “Se não tiver nada que me obrigue a realizar isso, através de lei federal, Campo Grande não terá inspeção veicular. Não vou cobrar nenhuma taxa ou imposto a mais do cidadão”, afirma o prefeito Marquinhos Trad (PSD).

Sobre a licitação realizada há seis anos, ele aponta que pode revogar, tornando o edital nulo. A licitação foi aberta em novembro de 2012 e concluída em 19 de dezembro daquele ano. Cerca de 25 empresas retiraram o edital, mas apenas o Consórcio Inspecionar apresentou proposta. A concessão era válida por 20 anos, com lucro estimado de R$ 503 milhões. O serviço analisaria emissões de gases e de ruído emitidos por veículos.

No ano seguinte, com a saída do então prefeito Nelson Trad Filho (PTB) e ingresso de Alcides Bernal (PP), a prefeitura suspendeu o contrato com o consórcio. A questão também foi parar na Justiça. As últimas decisões datam de março e agosto deste ano.

Em março, a 5ª Câmara Cível do TJ/MS liberou a licitação, vencida pelo Consórcio Inspecionar, para vistoria ambiental em veículos. À época, o valor previsto era de R$ 67. Mesmo com a decisão, a inspeção ainda não é exigida.

A promotoria recorreu e, na última segunda-feira (dia 20), o vice-presidente do TJ/MS, Julizar Barbosa Trindade, suspendeu a cobrança em nova decisão. O procurador Aroldo José de Lima alegou que o edital de licitação foi direcionado, com requisitos que somente a Inspecionar - Inspeção Ambiental Veicular, vencedora da licitação, poderia cumprir.

Conforme o procurador, além do efeito suspensivo, a nova decisão transfere a demanda para instâncias superiores: STJ (Superior Tribunal de Justiça) e STF (Supremo Tribunal Federal). A previsão é que o trâmite demore de dois a quatro anos. “Que o Supremo e o STJ digam se é legal ou não esse procedimento”, afirma. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do consórcio.

Nos siga no Google Notícias