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Mato Grosso do Sul registra queda de casos de raiva nos últimos 10 anos

Ações preventivas e orientações aos produtores rurais quanto ao monitoramento dos abrigos de morcegos e cuidados com o rebanho foram principal motivo pela conquista.

Anahi Gurgel | 09/04/2017 15:34
Mato Grosso do Sul registra queda de casos de raiva nos últimos 10 anos
Equipe da Iagro captura morcego em propriedade rural do estado. (Foto: Divulgação)

Os casos de raiva provocada por animais herbívoros no Mato Grosso do Sul apresentou diminuição de 59% nos últimos anos. A redução é atribuída, principalmente, à intensificação das ações preventivas realizadas nas regiões de risco, o que vem contribuindo para o monitoramento e captura do morcego hematófago, transmissor da doença.

Em 2002, houve registro de 89 focos da doença em 19 municípios do estado, de acordo com a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), que coordena o Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros. Em 2015 e 2016 foram informados 9 casos em 5 cidades, redução de 59% em relação aos anos de 2007 a 2014.

De acordo com o coordenador do programa e médico veterinário, Fabio Shiroma de Araujo, com base nas transformações pelas quais a agropecuária passou nos últimos dez anos, como redução do rebanho bovino e implantação de novas culturas, fez com que algumas regiões onde não haviam notificações da doença, passassem a figurar como áreas propícias à sua ocorrência.

Somente em 2016, foram realizadas mais de 1.700 visitas a propriedades localizadas em regiões de risco, onde agentes fiscais e fiscais estaduais agropecuários e agentes de serviços agropecuários vistoriam abrigos e a captura de morcegos. Também são realizadas palestras educativas para os produtores rurais.

Mato Grosso do Sul registra queda de casos de raiva nos últimos 10 anos
Gráfico mostra queda do números de focos de raiva no Mato Grosso do Sul. (Divulgação)
Mato Grosso do Sul registra queda de casos de raiva nos últimos 10 anos
Gráfico com o número de animais que vieram a óbito por conta da doença. (Divulgação)

Áreas com maior incidência – As regiões mais propícias ao aparecimento da raiva estão localizadas na Serra de Maracaju, da Bodoquena e do Amolar, devido ao relevo favorável ao habitat dos morcegos e grande oferta de alimento.

Nas propriedades localizadas nessas áreas, no passado, foram registrados muitos casos da enfermidade, mas a quantidade de animais que vieram a óbito reduziu significativamente e, proporcionando menor prejuízo ao produtor.Foram registrados 151 animais mortos em 2002 e 73 em 2016.

Orientações - Por ser uma doença que acomete os mamíferos, inclusive o homem, é importante que o produtor rural ou responsável avise imediatamente à Iagro em casos de animais com sinais nervosos, como afastamento do rebanho, andar cambaleante, salivação, deitar e vir a óbito de 3 a 7 dias.

Também devem ser comunicadas ocorrências de roubos de animais e possíveis abrigos de morcegos. A vacinação deve estar em dia.

“Não se deve manusear o animal e a comunicação ao escritório da Iagro mais próximo deve ser feita o mais rapidamente possível. Os servidores possuem treinamento, equipamentos e o mais importante estão vacinados e protegidos contra a raiva”, alertou o coordenador.

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