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Capital

Médico sozinho não impede epidemias de novas doenças, diz especialista

Aliny Mary Dias | 15/10/2014 11:41
Roupas especiais para profissionais da saúde serão usadas em caso de paciente com ebola (Foto: Marcos Ermínio)
Roupas especiais para profissionais da saúde serão usadas em caso de paciente com ebola (Foto: Marcos Ermínio)

A atenção é total como há tempos não ocorria. Em meio ao vírus influenza, que causa a gripe A, a dengue, a febre chikungunya e o risco do ebola chegar ao Brasil, as secretarias estadual e municipal de Saúde se mobilizam há meses para evitar novas epidemais e, com tantas sintomas parecidos, o desafio de profissionais da saúde só aumenta.

Experiente no assunto, o médico infectologista e diretor da Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz) no Estado, Rivaldo Venâncio, afirma que para combater epidemias, em qualquer parte do mundo, os esforços precisam ser feitos em conjunto.

“O médico não combate epidemia sozinho, precisa de capacitação e o trabalho deve ser integrado com profissionais como técnicos de enfermagem, enfermeiros e fisioterapeutas”, diz Venâncio.

E mais uma capacitação está marcada para a próxima semana no Hospital Universitário de Campo Grande. Equipes do hospital e estudantes da área de saúde irão se reunir na universidade, na próxima terça-feira (21), para receber treinamento e informações sobre os vírus.

Ações de combate à epidemia de dengue e nos últimos anos a gripe A já fazem parte do cronograma das autoridades do Estado. Mas é a febre chikungunya, que também é causada pelo mosquito Aedes Aegypti, e o ebola, que aumentam a tensão na Saúde.

Na última segunda-feira (13), durante entrevista coletiva, a diretora de vigilância em saúde da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Marcia Dal Fabro, afirmou que já foram notificados dois casos suspeitos de pacientes com chikungunya em Campo Grande, mas não houve confirmação da doença.

Ainda conforme a chefe da divisão da pasta, a chegada da doença ao Estado é “questão de tempo”. Ações como colocar 473 agentes de endemia nas ruas já foram feitas pela prefeitura para informar a população.

A reportagem entrou em contato com a Sesau e a SES (Secretaria de Estado de Saúde) para mais detalhes sobre as ações desenvolvidas para capacitar equipes de saúde, mas não houve retorno até o fechamento da reportagem.

Sintomas - A Febre Chikungunya causa febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, a letalidade é rara e menos frequente que nos casos de dengue. O tratamento é feito para combater os sintomas, com analgésico (paracetamol), hidratação adequada e repouso

Já o ebola é transmitido pelo contato direto com o sangue, fluidos corporais e tecidos de animais ou pessoas infectadas. Entre os sintomas da doença estão febre, dor de cabeça, garganta inflamada, dor nas articulações e fraqueza. A incubação do vírus pode levar até 21 dias.

Não uma maneira de se prevenir a não ser evitar o contato com pessoas infectadas. Por isso, em casos suspeitos, o uso de materiais de isolamento são essenciais.

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