Medo do coronavírus afasta clientes de bares e restaurantes na Capital
Estabelecimentos estão com muitas mesas vazias e pouco movimento, tanto na Avenida Afonso Pena quanto na Bom Pastor

Quem passa em frente a alguns dos estabelecimentos mais conhecidos e badalados da Capital já percebe uma diminuição considerável no movimento, devido ao temor dos clientes em contrair o novo coronavírus. Evitar aglomerações de pessoas é justamente uma das formas de prevenir a doença, mas vai na contramão da lógica comercial.
Na Avenida Afonso Pena, por exemplo, o panorama é o mesmo em praticamente todos os bares mais populares e caros da cidade. Mesas vazias, poucas pessoas sentadas e paira a sensação de que o campo-grandense também está em estado de alerta.
Nem no Café Mostarda, que tem por tradição atender mais clientes do lado de fora do que dentro do estabelecimento, o fluxo era intenso. Apenas um casal aguardava atendimento, no começo desta noite.

No restaurante ao lado, o Dona Zita, a noite começou sem nenhum movimento.
A poucos metros dali, a casa noturna Valley Pub também não tinha em frente a mesma fila de clientes, como em toda “terça em dobro”.
A empresa está com o atendimento suspenso desde o último sábado (14), após uma cliente que frequentou o local ter sido diagnosticada com a doença.
Já nos altos da Afonso Pena, o Hook Beers Park, que se popularizou por ter um amplo parque para a meninada, também não tinha o mesmo movimento de famílias como em outros tempos. As crianças, são justamente um dos grupos mais vulneráveis da doença.
Em outro extremo da cidade, na Avenida Bom Pastor, o pouco movimento também não se compara aos dias normais em que em o corredor gastronômico lota de pessoas a caminho dos muitos restaurantes do local. Nem mesmo na filial do Gugu Lanches, uma das lanchonetes mais antigas da Capital, havia muita gente.
Movimento em queda - A Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) confirma que de fato o movimento caiu em boa parte dos bares e restaurantes da cidade, mas a associação ainda está quantificando o quanto a doença está gerando de prejuízo para o setor. Os dados devem ser divulgados nos próximos dias.
Para aumentar a sensação de segurança entre os clientes, a Associação recomendou uma série de medidas de prevenção à doença.
Mesmo em ambientes com ar condicionado as janelas devem ficar abertas. Os funcionários também estão reforçando as práticas de higiene tanto na cozinha, quanto no cuidado com o salão.
Todas as mesas nos bares e restaurantes, por exemplo, também devem ser dispostas com no mínimo dois metros de distanciamento entre uma e outra. A recomendaçã foram listadas em um e-book que pode ser acessado através deste link.
“A entidade entende que a gravidade do momento pede tranquilidade e medidas efetivas, que têm sido tomadas para proteger a população”, diz a Abrasel em nota.
