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Capital

Medo “prende” em casa à noite moradores da região do Nova Lima

Helton Verão | 11/05/2013 08:43
Empresário reclama que onde não tem casa, tem matagal (Foto: Marcos Ermínio)
Empresário reclama que onde não tem casa, tem matagal (Foto: Marcos Ermínio)

Moradores dos bairros Jardim Iguatemi e José Tavares Couto, região Norte da Capital, reclamam do mato que toma conta dos terrenos e da violência que tem dominado o local.

Localizadas perto do Nova Lima, nem a implantação do novo shopping na saída para Cuiabá fez as construções avançarem e há muitas áreas desocupadas.

Morador da rua Jaime Serverira, há pouco mais de um ano, empresário que não quis se identificar garante ter solicitado à Prefeitura Municipal a limpeza dos terrenos vizinhos desde que se instalou no local e até hoje não foi atendido.

“Quando anoitece aqui é muito perigoso, se torna um ótimo esconderijo para bandidos. Em novembro voltei a ligar para eles, já passaram seis meses e nada. Vizinhos já foram assaltados várias vezes”, ressalta o empresário.

Com residência invadida duas vezes, Juraci reforma sua casa/comércio para se proteger (Foto: Marcos Ermínio)
Com residência invadida duas vezes, Juraci reforma sua casa/comércio para se proteger (Foto: Marcos Ermínio)
Local onde era para ser construída uma praça (Foto: Marcos Ermínio)
Local onde era para ser construída uma praça (Foto: Marcos Ermínio)

Perto dali, um casal de idosos faz reformas no mercadinho da família, meio desanimado. Na última quinta-feira (2), bandidos invadiram o estabelecimento pelo telhado durante a madrugada e levaram alimentos, bebidas e utilitários. “Entraram com a gente dormindo aqui. Quando a noite cai, não saímos de casa, vou à casa da minha filha apenas nos Natais”, revela Juraci Pedrosa da Silva, de 72 anos.

Ela e o marido de 90 anos andam assustados com a criminalidade no bairro. Essa é a segunda vez que entram no comércio do casal. “Outra vez entraram, me seguraram pelo cabelo e levaram todo dinheiro do caixa”, conta a senhora.

Os moradores pedem a intensificação das rondas policiais na região, eles afirmam que durante o dia elas acontecem, mas a noite deixam a desejar.

Na próxima quadra, na rua Alcebiades Barros, já no bairro José Teixeira Couto, no local onde foi prometida a construção de uma praça, só há mato e muito lixo. Sofá, restos de móveis, lixo de residências.

Morando há mais de seis anos próximo a “praça”, dona Nilzete Pereira de Sousa lembra que a promessa da revitalização não é de hoje. “Aqui tem muito mato. Era para ser uma praça aqui, mas até hoje não saiu da promessa”, lembra a artesã.

Em casos assim, a Prefeitura recomenda que os moradores entrem em contato com a ouvidoria para que seja solicitado o atendimento de funcionários da Seintrha. O telefone do órgão é o 3314-4639.

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