Santa Casa recebe R$ 3,2 milhões de emendas, acréscimo e programa federal
Nesta semana, categorias que trabalham no hospital se mobilizaram devido a atrasos salariais
Alvo de reivindicações sobre atrasos nos salários de profissionais de saúde nesta semana, a Santa Casa de Campo Grande justificou ontem (11) que o cenário atual é reflexo de "subfinanciamento crônico" de suas operações pelo poder público e que tenta, sem sucesso, renegociar o contrato vigente para garantir o reequilíbrio econômico-financeiro da instituição.
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Nesta sexta-feira (12), a prefeitura publicou no Diário Oficial de Campo Grande a formalização do repasse de R$ 3.252.777,57 ao hospital. A soma vem de diversas fontes: emendas parlamentares do Fundo de Investimentos Sociais do município (R$ 100 mil); Programa Mais Acesso a Especialistas do Governo Federal (R$ 1.152.777,57); emenda parlamentar federal (R$ 1 milhão); e acréscimo do repasse já realizado pela prefeitura (R$ 1 milhão).
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Por meio da assessoria de imprensa, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) explicou que a publicação trata principalmente da adesão ao Agora tem Especialistas e oficializa a renovação do contrato vigente desde 2021, que incluiu um acréscimo de R$ 1 milhão em relação ao repasse mensal que sai dos cofres do município. "Cabe ressaltar que, desde fevereiro de 2025, o município de Campo Grande tem realizado um repasse adicional visando o reequilíbrio econômico da instituição", reforçou.
A pasta não informou quando o repasse foi efetivado ou se ainda será transferido para a conta da Santa Casa. Na última terça-feira (9), o hospital recebeu um montante que garantiu o pagamento dos salários dos funcionários contratados diretamente, ficando pendente o salário de 78 médicos contratados como pessoas jurídicas.
Segundo os dados mais recentes disponíveis nos Portal da Transparência do hospital, somente em julho deste ano foram recebidos R$ 36.143.046,08 em recursos do SUS (Sistema Único de Saúde) e mais R$ 3.836.204,15 em emendas parlamentares, em repasse do Governo Federal para garantir o pagamento do piso da enfermagem e em empréstimo não identificado com mais informações.
Em maio deste ano, a instituição chegou a fechar temporariamente alguns setores e suspender cirurgias alegando déficit financeiro e dívidas com fornecedores. O assunto foi motivo de audiências públicas, reuniões e levou deputados a enviarem R$ 25 milhões em emendas para socorrer a instituição, além de motivar o aumento de R$ 1 milhão nos repasses mensais previstos no contrato com a prefeitura.
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