Mesmo com aval judicial, mulher ainda espera transferência de UPA
Prefeitura diz que paciente está com quadro clínico estável e ainda no prazo para cumprir determinação
A família de Selma Regina Carvalho Moreira, 54 anos, está apreensiva, aguardando que a prefeitura de Campo Grande cumpra determinação judicial, que exige a transferência da mulher, que está com quadro de insuficiência cardíaca grave e provisoriamente internada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) das Moreninhas.
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A família de Selma Regina Carvalho Moreira, de 54 anos, aguarda a transferência da paciente, internada na UPA das Moreninhas com insuficiência cardíaca grave. A decisão judicial, proferida pelo juiz Djailson de Souza, exige que a prefeitura disponibilize uma vaga em hospital público ou custeie a transferência para uma instituição privada em 24 horas. Selma, que já apresentava sintomas há dias, foi diagnosticada com tromboembolia pulmonar por um cardiologista particular após atendimento inadequado na UPA. A prefeitura afirmou que a paciente está estável e recebendo assistência, mas a família teme pela demora na transferência, que deve ocorrer até esta quarta-feira.
O caso chegou à redação por meio do canal Direto das Ruas. A prefeitura diz que paciente está em quadro clínico estável (ver resposta completa abaixo)
A tutela de urgência foi deferida pelo juiz plantonista Djailson de Souza, no dia 30 de junho. No despacho, determinou que a prefeitura disponibilize, no prazo de 24h, a vaga em hospital público de Campo Grande. de forma alternativa, que viabilize transferência custeada para instituição privada.
“Até agora não cumpriram”, se desespera Cláudia de Carvalho Moreira, 51 anos, irmã de Selma.
Claúdia conta que Selma já se sentia mal há dias, com falta de ar e foi até a unidade de saúde no Tiradentes. “Eles acharam que era crise de ansiedade”, disse, contando que a médica aumentou a dosagem do medicamento antidepressivo que Selma já toma desde que sofreu acidente de trânsito, em 2013.
Na terça-feira (24), Selma continuou a passar mal e pediu para ir à UPA, onde teve encaminhamento para exame de raios-x. “Eu insisti porque o cansaço dela não era normal”.
O exame foi feito na unidade do Guaicurus, já que o aparelho da UPA Tiradentes não estaria funcionando. Cláudia conta que a médica não viu nada de anormal, mas garante que um amigo, que trabalha na unidade de saúde a alertou que seria interessante fazer tomografia.
Cláudia recorreu a cardiologista particular, que atestou a tromboembolia pulmonar, que é bloqueio de artéria devido à formação de coágulo, situação que impede passagem de sangue, resultando em dor ao respirar e intensa falta de ar.
A família procurou a Defensoria Pública, que entrou com pedido de tutela antecipada, por conta da gravidade do caso. Segundo Cláudia, o prazo de 24h termina nesta quarta-feira.
Em nota, a prefeitura informou que a paciente está com quadro clínico estável e segue recebendo a assistência necessária pela equipe da unidade de saúde. “No momento, aguarda a disponibilização de vaga para transferência a uma unidade hospitalar. Cabe ainda ressaltar que a pasta está dentro do prazo vigente estipulado pela justiça para a transferência da paciente”.
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