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Capital

Mobilização no centro da Capital marca dia nacional contra homofobia

Caroline Maldonado | 17/05/2014 12:22
"MS e o mundo contra a homofobia" faz parte de uma mobilização nacional (Foto: Alessandro Martins)
"MS e o mundo contra a homofobia" faz parte de uma mobilização nacional (Foto: Alessandro Martins)
Representante da OAB marcou presença na mobilização (Foto: Alessandro Martins)
Representante da OAB marcou presença na mobilização (Foto: Alessandro Martins)

Na manhã desse sábado (17), representantes da Rede Apollo de Apoio fizeram uma mobilização com a distribuição de panfletos para conscientização do combate a homofobia, na praça Ary Coelho. O evento ocorre em todas as regiões brasileiras, desde 1990, quando a OMS (Organização Mundial da Saúde) retirou a homossexualidade da lista de doenças.

De lá para cá muita coisa mudou em relação ao combate da discriminação, mas ainda há resistência por parte de boa parte da sociedade, de acordo com o presidente da Comissão da Diversidade da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Júlio Valcanaia. “Os gays ainda sofrem violência, não só física, mas também moral, em especial na educação, na saúde e nos institutos penais. Nós precisamos mudar essa situação”, disse.

Júlio destaca que a discriminação nas escolas faz com que, muitas vezes, esses alunos que sofrem “violência moral” abandonem os estudos, antes mesmo de concluir o ensino fundamental.

Para a travesti Elen Kadori, a mudança na mentalidade da sociedade em relação aos homossexuais depende da sensibilização dos gestores no estado. “A escola deveria ser um local de acolhimento e tem sido o contrário, então nós precisamos de apoio da secretaria de educação nesse sentido”, destacou.

Segundo o presidente da Rede Apolo, David Andrade, nesse ano a manifestação na praça tem sido bem recebida pelos pedestres e condutores que passam por ali. “No ano passado, uma pessoa disse que era contra a homossexualidade e até jogou, com agressividade, o panfleto que eu havia entregado”, contou. Segundo David, nesse ano as pessoas já estão demonstrando mais respeito a causa.

Segundo David, dados da Secretaria de Direitos Humanos revelam que o Brasil é o primeiro da lista dos que mais tem casos de violência contra homossexuais. O país perde apenas para a China. Mas a distância é grande, segundo ele, o Brasil é quatro vezes pior que o país oriental.

O “17 de Maio contra a Homofobia” foi realizado, na Capital, em parceria com a OAB, com ATM (Associação dos Travestis e Homossexuais) e Centro de Referência da Secretaria de Assistência Social. Até o final desse mês, a ATM deve realizar um multirão para cadastramentos da carteira de indentidade com nome social. O decreto com o modelo da carteira foi publicado no Diário Oficial do estado, na última quarta-feira (7).

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