Morador de rua acolhido em escola municipal amanhece morto

Lindomar Batista dos Santos que vivia em um dos abrigos provisórios criados pela prefeitura, em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19), amanheceu morto na manhã deste sábado (13), em Campo Grande. Laudo preliminar indica que a causa da morte foi natural.

Conforme boletim de ocorrência, registrado por uma servidora da SAS (Secretaria de Assistência Social), Lindomar era morador de rua, mas atualmente estava acolhido na Escola Municipal Doutor Plínio Barbosa Martins, localizada na Rua São Pio de Pietrelcina, no Jardim das Macaúbas.

Durante o café da manhã, funcionários perceberam que Lindomar não havia se levantado e foram até o quarto, quando o encontraram desacordado. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e constatou o óbito às 9h46.

O acolhido havia passado por triagem médica antes de entrar no acolhimento na quinta-feira (11) se queixando de dores na perna causada por uma ferida que por falta de cuidado estava aparentemente infeccionada. Foi receitado, então, antibióticos, que estavam sendo ministrados pelos funcionários do abrigo. A vítima também era dependente químico. O caso foi registrado como morte natural na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.

Em nota, a secretaria informou que Lindomar foi abordado pela equipe do serviço especializado e levado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino para tratar uma ferida na perna e reclamava de dor. Após ser medicado, foi liberado e encaminhado pela equipe à unidade de acolhimento.

A equipe do acolhimento informou que segue todos os procedimentos inerentes à situação e lamenta falecimento do usuário. “Estamos aguardando o laudo do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), mas conforme laudo preliminar do Samu, a morte foi de causa natural”.