Morador "perde esperanças" e quer deixar bairro com ruas intransitáveis
Em meio a ruas cortadas por erosões, moradores do Bairro Nova Lima ficam revoltados com a situação da região. Quem mora há muito tempo no bairro pretende sair dali, mas quem chega, tem esperança de que tudo melhore.
“Infelizmente o bairro é assim. Eu gostaria de mudar daqui”, revelou o funcionário público Waldir Amad, 46 anos. Ele contou que mesmo com a rua cheia de cascalhos, mal dá para passar de carro. “Quando chove é pior, eu nem saio de casa”.
A maioria das ruas que corta o bairro e termina na rua Celina Baís Martins está em situação precária. O matagal e o lixo também é uma preocupação dos moradores. No entanto, o que mais revolta é o estado precário das ruas.
“Eu pago R$ 350 de IPTU, eu acho caro, pois se tivesse asfalto, conforto, mas não tem nada”, comentou o policial militar Alfredo Dias Cordeiro, 48. Ele relatou que na rua Silvério Faustino, onde ele mora, passaram cascalho há cerca de 6 meses, mas a situação só piorou.
Ele contou que os próprios moradores tentam consertar a via. “Eu mesmo coloquei terra no buraco pra arrumar, mas não resolve muito”.
A situação também é complicada pra quem trabalha pela região, como é o caso de Douglas Akimoto, 42, que foi flagrado pelo Campo Grande News tentando passar por um dos buracos da rua Botafogo. Ele realiza a instalação e manutenção de linhas telefônicas na região. “É complicado, pois tenho que vir com meu carro aqui e, às vezes, somos obrigados a passar pelas regiões mais esburacadas”, comentou.
A bicicleta, que seria um meio de locomoção que não se prejudicaria pelos buracos, também sofre. “Eles tinham que mudar, arrumar isso aqui. Até pra nós que andamos de bicicleta, é ruim”, afirmou o aposentado Joacir Servim Aquino, 43.
Ele ainda sugestiona uma solução para o problema do bairro. “Eles primeiro tem que arrumar uma forma de drenar a água das ruas, com bocas de lobo e bueiros”, acreditou.
Mesmo com estes problemas, há moradores que pretendem mudar para a região, como Daniel Silva Moraes, 29, e sua família. “Eu vou mudar daqui há uns 4 meses e acho que aqui deveria ser arrumado. Tem muitos buracos, eu tenho que dar uma volta só pra chegar aqui”.
No cruzamento das ruas Alfredo Borba e Celina Baís Martins, a erosão é tão grande, que jogaram pedaços de telha e sacos de areia no buraco, para que os carros pudessem passar. “Eu acho que eles deveriam arrumar aqui, mas acho que não vão”, comentou Daniel.