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Capital

Moradora reclama de vizinho que joga naftalina e até bombas contra gatos

O vizinho admitiu tomar atitudes radicais para espantar animais abrigados em casa ao lado

Clayton Neves e Aletheya Alves | 05/07/2021 17:58
Animais criados por protetora foram resgatados de situaçãod e violência e reabilitados. (Foto: Paulo Francis)
Animais criados por protetora foram resgatados de situaçãod e violência e reabilitados. (Foto: Paulo Francis)

Há 20 anos resgatando animais feridos em Campo Grande, a protetora Rosen Witwytzki enfrenta impasse com o dono da casa vizinha a que mora, no Bairro Santo Amaro. Incomodado com os gatos cuidados por ela, o homem passou a usar bombas e naftalinas para espantar os animais do imóvel que está vazio.

Naftalina jogada por vizinhos para "espantar" gatos. (Foto: Paulo Francis)
Naftalina jogada por vizinhos para "espantar" gatos. (Foto: Paulo Francis)

“Joguei naftalina mesmo e também soltei as bombas para os gatos saírem do meu quintal. A casa é minha e vou continuar fazendo isso porque eu não crio gatos e não quero eles lá”, admitiu o morador ao ser questionado pelo Campo Grande News.

Sem informar o nome, ele afirma que o que faz não configura maus-tratos. “Não joguei veneno, isso é maltratar", acredita. A principal reclamação é com as fezes dos bichos, que segundo ele, incomodam não só a ele, mas a outros moradores. “Tenho um abaixo assinado com 10 assinaturas de vizinhos que não aguentam mais  essa mulher criando mais de 40 gatos”, finaliza.

Portão da casa de Rosen é aberto e gatos passam pelas frestas. (Foto: Paulo Francis)
Portão da casa de Rosen é aberto e gatos passam pelas frestas. (Foto: Paulo Francis)

Inconformada com a situação e com medo pelos animais, Rosen pede ajuda para cercar a casa onde mora com telas para impedir a saída dos bichos. Na casa, cuida de 20 animais que foram reabilitados após serem resgatados de situações de violência. Outros 10 costumam circular pelo local em busca de comida.

A voluntária conta que há um ano começaram as reclamações do vizinho. Para tentar amenizar a crise, ela afirma que passou a entrar no imóvel vazio e fazer a limpeza do espaço, mesmo assim, os ataques não pararam. “Ele disse que já tinha sido bonzinho e que não tinha funcionado. Que iria resolver as coisas do jeito dele”, conta Rosen.

A protetora relata que já foi denunciada três vezes pelo homem, mas que em todas as vistorias, fiscais do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) não identificaram irregularidades.

Nossa equipe de reportagem esteve no local e identificou naftalinas jogadas no quintal. “Os gatos comem e passam mal”, desabafa Rosen.  Agora, ela pede ajuda para cercar o espaço. Quem quiser ajudar pode entrar em contato pelo telefone (67) 9 9113-9596.

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