Moradores dizem que vereador não é bem-vindo em loteamento

Moradores do Vespasiano Martins – localizado no sul de Campo Grande – afirmam que o vereador Marcos Alex (PT), que relatou ter sido hostilizado durante visita ao loteamento na manhã desta terça-feira (5), não é bem-vindo no local. Entrevistados pelo Campo Grande News alegam que o parlamentar destratou integrantes da comunidade numa outra ocasião.

Para o vereador, entretanto, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), incita as famílias contra os legisladores. “Ele fica colocando nos vereadores a culpa de várias situações que são de prerrogativa do Executivo”.

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De acordo com Mariana Gonçalves, 23, há cerca de dois meses um grupo de moradores removidos da favela Cidade de Deus foram até a Câmara para pedir que vereadores aprovassem uma suplementação de R$ 3,6 milhões para a construção das casas no Vespasiano Martins. Naquele dia, Alex teria ofendido uma das pessoas da comissão.

“Ele [Alex] disse que a culpa não era deles e chamou um morador de picareta. Hoje, ele veio aqui, entrou nas casas, ficou tirando foto, disse que estava tudo ruim. Aí a gente não gostou e pediu para ele se retirar, ele começou a gritar, os moradores se indignaram e começou a confusão”, relatou a dona de casa.

Outros entrevistados confirmaram a versão de Mariana.

Alex afirma que houve um mal-entendido. “Lá na Câmara, eu apenas expliquei que a prefeitura ainda não tinha enviado a documentação, que estávamos prontos para aprovar a suplementação que eles queriam. Eu disse que eles deveriam parar de ficar servindo de massa de manobra do prefeito e isso foi mal-interpretado”.

Na manhã de hoje, o vereador relatou na tribuna que carro dele, um VW Gol, foi apedrejado. O veículo, segundo ele, teve o para-brisa dianteiro quebrado.

O parlamentar disse que a ideia da visita foi checar as condições em que as casas foram entregues e como serão os prazos de financiamento para os moradores.

A reportagem pediu para fotografar o carro, mas o vereador disse que o automóvel já estava no conserto e não revelou onde. Ele afirmou ainda que vai ao MPE (Ministério Público Estadual) denunciar a situação das casas e o ocorrido.