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Capital

Moradores fazem “barricadas” para evitar prejuízo com as chuvas

Marcio Breda e Paula Vitorino | 17/02/2011 19:30

No bairro Santo Antonio, enxurrada invadiu casas e empurrou carros

Na casa do médico veterinário Humberto Brigato Junior, objetos são colocados na porta para evitar que casa seja inundada (Foto: Simão Nogueira)
Na casa do médico veterinário Humberto Brigato Junior, objetos são colocados na porta para evitar que casa seja inundada (Foto: Simão Nogueira)

As constantes inundações no bairro Santo Antonio, em Campo Grande, fizeram com que os moradores criassem alternativas para não perderem mais móveis a cada temporada de chuvas. Barricadas e elevações na entrada das casas impedem prejuízos maiores, mas os alagamentos nas ruas continuam sem solução, como ocorreu nesta tarde (17).

Na casa do veterinário Humberto Brigato Júnior, de 43 anos, a água entra no terreno, mas não na casa. Ele teve de elevar a entrada do imóvel para que a inundação não alcance mais os móveis. Porém, em chuvas mais fortes, a água chega a brotar pelos ralos por falta de drenagem adequada.

Na Rua Antonio João Ferreira, o bar de Sebastião Francisco da Silva ficou parcialmente alagado. A água subiu pela calçada, invadiu uma varanda onde ficam as mesas e cadeiras para os clientes, mas não chegou a entrar no estabelecimento, local onde fica mesas de sinuca.

Sebastião disse que a situação é frequente. "A rua sempre vira um rio, mas já me previno quando começa a chover", relata o comerciante.

A dona de casa Marvina Pinheiro Mariano inaugurou hoje seu armário novo. No último sábado, a enxurrada entrou na casa dela e destruiu o móvel. Para impedir novos prejuízos, ela tapou os ralos do banheiro - por onde a água invade sua residência - e montou comportas improvisadas nas entradas da casa.

Uma comporta de ferro, com vedação de borracha, custa R$ 800, valor que Marvina não dispõe no momento. A dona de casa está se programando para instalar o recurso e evitar transtornos quando a próxima chuva vier.

“Mesmo assim a rua enche de água, que vem do Colégio Militar. A Prefeitura é omissa e o IPTU caríssimo”, desabafa Marvina.

Mas mesmo com o trabalho dos moradores, a enxurrada causou prejuízos ao proprietário do GM Corsa placas NRJ-6163. O carro estava estacionado na esquina das ruas Promissão e Taquari quando a enxurrada o atingiu. A água chegou a alcançar 15 centímetros dentro do carro. Ao ser rebocado, deixou uma poça de óleo no local.

Por conta do problema constante com as enchentes, uma moradora, que preferiu não se identificar, já decidiu que vai mudar de bairro.

Amanhã, um grupo de moradores se reúne amanhã (18), às 19h30, com representantes da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil) para discutir o que pode ser feito juridicamente para que o problema seja resolvido.

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