Moradores reclamam de terrenos sujos, mato alto e presença de escorpiões
As denúncias foram apresentadas em audiência na Câmara Municipal e confirmadas pela reportagem
Moradores de diferentes trechos do Jardim Tijuca e Antártica, em Campo Grande, relatam problemas recorrentes com sujeira, mato alto, acúmulo de lixo e presença de animais peçonhentos, como escorpiões e ratos, que colocam em risco a saúde da população. As denúncias foram apresentadas em audiência da Câmara Municipal e confirmadas pela equipe de reportagem.
RESUMO
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Moradores do Jardim Tijuca, em Campo Grande, denunciam problemas crônicos com sujeira, mato alto e presença de animais peçonhentos. Em audiência na Câmara Municipal, residentes relataram casos de infestação de escorpiões, ratos e cobras, além de dificuldades com acúmulo de lixo. A falta de pavimentação e manutenção das vias agrava a situação, especialmente em períodos chuvosos. Moradores de diferentes ruas do bairro, como Sotero Cardoso e Madre Maria Augusta, relatam que a situação persiste há décadas, com alguns locais nunca tendo recebido asfalto, comprometendo a qualidade de vida da população.
Na Rua Sotero Cardoso, próximo ao fundo do condomínio Leonel Brizola I e II, o casal de aposentados Pedro Rocha, 80 anos, e Joana Rocha, 82, relatou dificuldades até para a passagem do caminhão de lixo. “Moro aqui há 10 anos e sempre foi assim. Quando vem uma empresa arrumar, não dura nem dois dias; a primeira chuva leva tudo embora”, disse Pedro.
Joana reforçou a situação de abandono da rua. “Aqui não tem como nem sair de tanta sujeira, mato e lixo. O lixo atrai pernilongos e cobras.” O casal também contou que já encontrou escorpiões dentro de casa. “Quando mudamos para cá, matamos 14 escorpiões. Há três ou quatro meses, quase pisei em outro e avisei o síndico. Ele disse que ia dedetizar a área e cortou a grama aqui dentro”, relatou Pedro.
Em outro ponto da região, a dona de casa Irineide da Silva Ribeiro, 45 anos, afirmou que moradores descartam lixo e entulho em terrenos próximos, agravando o problema. “A rua está tomada pelo mato. Antes era um acesso, agora está intransitável. A máquina passou, mas quando chove vira uma lama. Moro aqui há mais de 25 anos e jamais passou asfalto. Ninguém faz nada pela gente”, reclamou.
Na Rua Madre Maria Augusta, o militar aposentado Cid Ricardo Caruso, 73 anos, descreveu a situação como insustentável. “Quando chove, aqui vira uma lagoa, alaga tudo, cheio de água e cocô de cachorro. O maior problema é a falta de asfalto, que até desvaloriza a casa. Já apareceram escorpiões e até ratos. Há cinco meses um escorpião me picou”, contou.
Em outro ponto, na Rua Napoleão Marquês Siqueira, o comerciante David de Garcete, 68 anos, lamentou a demora na pavimentação: “Moro aqui há 20 anos e está tudo pronto para colocar o asfalto: esgoto, água, ligações. Falta apenas nivelar e asfaltar. Quando chove, vira um mar”.
"Os escorpiões aparecem de vez em quando, em algumas casas mais do que em outras. O asfalto nunca chegou até aqui", disse. Os moradores pedem limpeza regular, manutenção das ruas e medidas para reduzir os riscos de acidentes e contaminação, reforçando a sensação de abandono de algumas áreas do bairro.
A Prefeitura informou que notifica os proprietários para que realizem a limpeza de terrenos, e caso não atendam à notificação dentro do prazo estipulado, podem ser multados.
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