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Capital

Além de descumprir medida protetiva, morto pela PM tinha extensa ficha criminal

Vizinhos relatam que o casal morava lá há poucos meses e vivia recluso, mas discussões eram frequentes

Por Kamila Alcântara e Gabi Cenciarelli | 09/09/2025 16:57
Além de descumprir medida protetiva, morto pela PM tinha extensa ficha criminal
Mulher chora na calçada, enquanto polícia isola o local (Foto: Osmar Veiga)

Identificado como Adilson Toralez Benites, 36 anos, o homem morto a tiros pela Polícia Militar nesta terça-feira (9), em Campo Grande, tinha um histórico criminal extenso. Entre as passagens, estão condenações por porte ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas, roubo, uso de drogas, desobediência, além de processo por homicídio e medida protetiva em caso de violência doméstica.

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Homem com histórico criminal é morto pela PM após descumprir medida protetiva. Adilson Taralez Benites, de 36 anos, foi morto a tiros em Campo Grande, na residência da ex-companheira, no Bairro Alves Pereira. Ele possuía antecedentes por porte ilegal de arma, tráfico de drogas, roubo e violência doméstica. A PM foi acionada e tentou conter Adilson com spray de pimenta, mas ele reagiu com uma faca. Um policial efetuou o disparo que resultou na morte do homem. Vizinhos relataram que o casal morava junto com três crianças e que a mulher aparentava ser coagida. A ex-companheira foi levada à Deam para prestar depoimento.

O caso aconteceu por volta das 13h, quando Adilson foi até a casa da ex-companheira, na Rua Maria José de Souza, no Bairro Alves Pereira. A mulher tinha medida protetiva contra ele. Segundo a polícia, ele chegou muito alterado, deixou a moto em frente ao imóvel e resistiu à abordagem. Os policiais tentaram contê-lo com dois sprays de pimenta, mas ele reagiu com uma faca e partiu para cima da equipe. Nesse momento, um dos agentes atirou. O homem morreu na hora, mas, até o momento, não há informação sobre onde foi atingido.

Uma vizinha, dona de casa de 46 anos, contou que o casal vivia na residência havia quatro meses, junto com três crianças. “A impressão é que a mulher era coagida, sem querer estar aqui, pois não saía da casa. Eles moravam juntos com as crianças, mas não sei se eram filhos dele”, relatou.

Ela acrescentou que a briga começou pouco antes da chegada da polícia. “Hoje ele saiu para levar as crianças à escola e, quando voltou, começou a discussão. Nunca presenciei brigas na rua, mas discussões, sim, porque dava para ouvir pelas frestas do portão. A mulher não falava com ninguém”, disse.

Além de descumprir medida protetiva, morto pela PM tinha extensa ficha criminal
Interior do imóvel onde aconteceu o caso (Foto: Paulo Francis)

Outro vizinho, eletricista de 37 anos, passava pelo local a caminho do mercado e também presenciou parte da confusão. “A briga começou porque ele bloqueou a moto para que a mulher não saísse e vi que ela chegou a ser agredida. Quando voltei do mercado, os policiais tentavam resolver a situação com spray de pimenta. Ele tentou fugir com a moto, jogando-a contra a guarnição, e gritava ‘atira, atira, atira’”, contou.

A residência, de tijolos à vista, tinha brinquedos espalhados no quintal, bitucas de cigarro e um capacete jogado próximo à entrada. A mulher, abalada, foi amparada por vizinhos e encaminhada à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) para prestar depoimento.

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