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Capital

Lojistas vão cobrar volta de parquímetro com bolo e "parabéns"

A ironia de celebração se dá pela demora de 43 meses para Prefeitura abrir edital do estacionamento rotativo

Por Judson Marinho | 09/09/2025 17:28
Lojistas vão cobrar volta de parquímetro com bolo e "parabéns"
Parquímetro desativado em rua de Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami / Arquivo Campo Grande News)

Em tom de ironia, lojistas farão manifestação no centro de Campo Grande com bolo e a canção 'parabéns' para cobrar a demora na abertura da licitação que permitirá a volta do estacionamento rotativo (parquímetros).

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Lojistas do centro de Campo Grande realizarão manifestação nesta quarta-feira (10) para protestar contra a demora na licitação dos parquímetros, suspensos há 3 anos e 7 meses. O ato, organizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), incluirá bolo e "parabéns" em tom irônico. A ausência do sistema de estacionamento rotativo tem prejudicado o comércio local, segundo o presidente da CDL, Adelaido Vila. A prefeitura, que anunciou o lançamento do edital para agosto, ainda não apresentou nova previsão para a licitação, que pode resultar na instalação de até 6,2 mil parquímetros na cidade.

Defendendo que a demora de 3 anos e 7 meses na licitação só aumenta o abandono do centro, a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) convocou todos os lojistas do centro para o ato simbólico que ocorrerá nesta quarta-feira (10), às 8h30, na esquina da Rua 14 de Julho com a Rua Barão do Rio Branco.

Além dos parabéns com bolo, os manifestantes vão levar faixas para o protesto para cobrar a volta dos parquímetros, que, segundo os lojistas, melhorariam o comércio do centro.

O sistema de parquímetros está suspenso há mais de três anos, desde que o contrato com a empresa Metropark Administradora Ltda. (Flexpark) chegou ao fim em março de 2022.

A empresa operava cerca de 2.458 vagas rotativas em ruas centrais delimitadas pelo quadrilátero formado pelas avenidas Fernando Corrêa da Costa, Mato Grosso, Calógeras e Padre João Crippa.

A Prefeitura de Campo Grande tinha anunciado no mês passado que iria lançar no dia 29 de agosto o edital para a concessão do serviço de estacionamento rotativo na capital.

A promessa foi feita durante a apresentação do calendário oficial de obras e atividades em comemoração aos 126 anos da cidade, celebrados em 26 de agosto, no Parktec CG (Parque Tecnológico de Campo Grande).

Em abril do ano passado, a prefeita Adriane Lopes (PP) sancionou a lei que autoriza a nova concessão do serviço à iniciativa privada. O texto prevê a instalação de até 6,2 mil parquímetros, com possibilidade de ampliação para outros bairros, desde que haja concordância de moradores e comerciantes.

O contrato poderá ter validade inicial de 12 anos, renovável por igual período. Apesar da lei em vigor, a licitação não avançou.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para questionar o andamento do processo licitatório, mas, até o momento, o município não informou nova previsão nem em que etapa está a abertura do edital de licitação.

O lançamento do certame estava previsto, inclusive, na agenda de comemorações do aniversário de Campo Grande, em agosto. Porém, o evento que seria no dia 29 foi cancelado, sem futura data.

Impactos no comércio — O presidente da CDL Campo Grande, Adelaido Vila, informou à reportagem que um dos grandes problemas do centro atualmente é justamente a dificuldade do cliente de encontrar vaga para estacionar.

"A gente não tem esse lugar rotativo para estacionar e isso impacta na decisão do cliente de não permanecer no centro para fazer compras. Hoje, nós temos muitas ruas onde o cliente não acha vaga e então não fica para consumir", disse Adelaido.

Segundo Adelaido, sem o parquímetro, as vagas estão sendo ocupadas por pessoas que moram em condomínios próximos ou que trabalham no centro. São pessoas que estacionam o carro de manhã e só voltam para buscar à noite.

Referente ao manifesto, o presidente da CDL disse que o ato será realizado para chamar a atenção para um problema enfrentado pelos lojistas do centro.

"Nós vamos cantar parabéns para os 43 meses sem estacionamento rotativo porque, assim, a gente está cansado de pizza; então, a gente resolveu fazer bolo. É um ato irônico porque, lamentavelmente, a gente não é ouvido. Eu, sinceramente, pelo pouco conhecimento que tenho na administração pública, não entendo como pode demorar tanto para se realizar um processo licitatório", finalizou.