Colheita do milho avança e atinge 97% da área cultivada em MS
Produtores comercializam mais da metade da safra a R$ 51 a saca

A colheita do milho da 2ª safra 2024/2025 alcançou 97,1% da área em Mato Grosso do Sul até 5 de setembro, conforme boletim da Aprosoja (Associação de Produtores de Soja), publicado nesta terça-feira (9). O levantamento estima a produção em 14,226 milhões de toneladas, resultado de 2,103 milhões de hectares cultivados.
RESUMO
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A produtividade média projetada é de 112,7 sacas por hectare, alta de 68,1% em comparação ao ciclo anterior. As lavouras foram classificadas em 78,1% boas, 15,3% regulares e 6,6% ruins. A região norte está com 98,5% da área colhida, o centro com 97,5% e o sul com 96,7%.
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O boletim aponta que 70,5% da semeadura ocorreu entre a segunda semana de fevereiro e a terceira de março. Chuvas em abril favoreceram o desenvolvimento, mas geadas em junho afetaram 35 mil hectares no centro e no sul, com perdas de até 30%. Em julho, ventanias derrubaram lavouras em 14 mil hectares, com prejuízos estimados entre 20% e 40%.
A área de milho corresponde a 46% da área usada para soja, abaixo dos 75% registrados em safras anteriores. O recuo reflete custos elevados e risco climático, fatores que levaram produtores a diversificar o plantio.
No mercado, a saca de 60 quilos foi cotada em R$ 51,00 no dia 8 de setembro. Até agora, 54% da safra já foi comercializada, avanço de 13 pontos percentuais sobre igual período do ano passado.
Entre os municípios, Chapadão do Sul lidera com 173,3 sacas por hectare, seguido por Alcinópolis, com 160 sacas por hectare, e Sonora, com 152,5 sacas por hectare. Na ponta oposta, Nova Andradina registra 31 sacas por hectare e Aquidauana registra apenas 19,1 sacas por hectare.
O boletim classifica 78,1% das lavouras como boas, 15,3% regulares e 6,6% ruins. O Nordeste apresenta o melhor resultado, com 93% em boas condições, enquanto o Sudeste aparece com 54% em boas condições e 38% regulares. No Sul-Fronteira, 18,5% da área foi avaliada como ruim.
Eventos climáticos marcaram a safra. Geadas em junho afetaram 35 mil hectares no centro e sul, com perdas de até 30%. Em julho, ventanias derrubaram 14 mil hectares, provocando prejuízos de 20% a 40% em áreas localizadas. Agosto terminou com chuvas abaixo da média histórica em 43 dos 55 pontos monitorados, com exceção de Mundo Novo, que registrou desvio positivo de 36%.
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