"Mostrava língua para minha filha", diz homem que atacou vizinhas a facadas
Autor justificou que agiu em momento de raiva por ser "provocado" várias vezes pelas vítimas
RESUMO
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Leandro Acosta, de 27 anos, foi preso após atacar duas mulheres com uma faca no Bairro Portal Caiobá, em Campo Grande. O suspeito, que alega ter agido por raiva devido a provocações, possui histórico de condenação por importunação sexual e racismo, embora alegue inocência. O ataque ocorreu no sábado (1º), quando uma das vítimas reclamou do som alto. As mulheres foram atingidas no rosto e pescoço, sendo socorridas por vizinhos. A Polícia Militar encontrou o suspeito tentando fugir em um Fiat Uno, onde também foi apreendida a faca do crime.
Preso por atacar brutalmente duas mulheres com golpes de faca, no Bairro Portal Caiobá, em Campo Grande, Leandro Acosta, de 27 anos, justificou que agiu em um momento de muita raiva por ser provocado várias vezes. “Mexe com a minha filha, mostrava a língua, minha filha tinha medo dela.” As vítimas foram socorridas e estão fora de perigo.
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Leandro foi preso pela Polícia Militar logo depois do ataque. Interrogado, disse que o desentendimento com uma das vítimas se estende há quatro anos. "No ano passado, ela já jogou o carro para cima de mim", disse. Leandro diz que foi condenado por importunação sexual, mas é inocente e, por esse motivo, a vizinha o provoca.
"Ela sempre fica me perturbando. Eu me arrependo muito do que fiz, mas ela estava mexendo com a minha família e eu não estava aguentando mais". Sobre o dia do ataque, na noite de sábado (1º), disse que, mais uma vez, foi provocado. "Juntou as duas contra mim; eu fiquei cego de raiva. Foram ao meio da rua falar as coisas pra mim", justifica.
Por outro lado, moradores contam que o autor era um vizinho agressivo e provocador, denunciado por importunação sexual contra uma das vítimas e que, desde então, transformou a convivência em um pesadelo. O marido de uma das mulheres contou que tudo começou depois da denúncia. “Depois que ele tentou estuprar minha mulher e uma amiga nossa, começou o inferno. Ele ligava o som alto para provocar, jogava pedras e ateava fogo. Nós vivíamos em medo constante”, disse Anderson Lescano, de 46 anos.
O casal chegou a registrar boletins de ocorrência e instalar câmeras de segurança. Um dos vídeos mostra o momento em que Leandro coloca fogo no terreno em frente à própria casa, no último dia 30 de outubro, apenas três dias antes do crime. “A gente só queria viver em paz, mas ele não deixava. Desde a denúncia, parecia que ele guardava raiva”, completou Anderson.
Ataque - Na noite de sábado (1º), o clima de tensão virou tragédia. Segundo testemunhas, o grupo de amigos estava reunido quando uma vizinha foi pedir para que o som fosse abaixado. “Foi um susto, porque ela só foi reclamar do som e foi recebida com uma facada. Aí, logo depois, ele foi para cima da outra, sem nenhuma possibilidade de defesa”, contou uma moradora de 56 anos, que viu tudo e chamou a polícia.
As vítimas, de 29 e 46 anos, foram atingidas com golpes no rosto e no pescoço e socorridas às pressas por vizinhos. A mais jovem precisou de cirurgia e já se recupera.
Após o ataque, equipes da Força Tática iniciaram buscas e encontraram Leandro escondido dentro de um Fiat Uno Mille azul, tentando fugir. No carro, os policiais apreenderam a faca usada no crime, com lâmina superior a 20 centímetros.
Leandro foi levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol. O caso foi registrado como tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil e favorecimento pessoal. Ele confirmou em interrogatório que já foi condenado por racismo e importunação sexual, mas alega que é inocente.
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