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Capital

Motociclista é indiciado por homicídio doloso pela morte de namorada em rio

Adolescente foi arremessada em córrego depois da colisão em árvore

Juliene Katayama | 04/03/2015 14:16
Em depoimento, Thiago admitiu ter feito manobras perigosas (Foto: Marcelo Calazans/Arquivo)
Em depoimento, Thiago admitiu ter feito manobras perigosas (Foto: Marcelo Calazans/Arquivo)

O jovem Thiago Ângelo de Lima, 22 anos, que bateu a moto que pilotava pela Avenida Ernesto Geisel no dia 18 de janeiro deste ano e acabou matando a namorada Victória Nunes Fretes, 17, arremessada no Rio Anhanduí, foi indiciado por homicídio doloso. Como realizava manobras perigosas, ele pode ser condenado até a 30 anos de reclusão.

Segundo o delegado da 1ª Delegacia de Polícia, Miguel Said, que conduz a investigação, o jovem será indiciado por homicídio doloso com dolo eventual. A pena prevista para este tipo de crime é de 12 a 30 anos de prisão.

Suspeita-se que Thiago estava empinando a moto no momento do acidente. Após empinar a moto, ele perdeu o controle, o veículo bateu em uma árvore e caiu dentro do Rio Anhanduí. A jovem morreu no hospital.

Em depoimento, no dia 26 de janeiro, ele confirmou ter feito a manobra perigosa antes do acidente e que não se lembra como ocorreu a colisão.

O advogado de defesa, Marlon Ricardo Lima Chaves, alega que o acidente aconteceu por causa da má condição da via. Chave disse ter testemunhas alegando que um desnível na pista fez com que o cliente dele perdesse controle do veículo. Said ouviu preliminarmente o acusado por 1h15.

Os pais da vítima prestaram depoimento no dia 27 de janeiro, na 1ª Delegacia de Campo Grande. Os bombeiros, que resgataram a adolescente, e um casal, que afirmou ter visto manobras, também foram ouvidos pela polícia.

Acidente - No dia do acidente, Thiago ia a um evento de manobras próximo ao Detran, na saída para Rochedo. Ele almoçou na casa da adolescente e depois foram para o local. No caminho, o acusado teria empinado a moto, já com a adolescente como passageira. Mas ele disse não se recordar se realizou a mesma manobra em frente ao Horto Florestal.

Quando Victória caiu no córrego, teve o corpo levado pela correnteza do rio e foi retirada do local pelo monitor de segurança Jurandir Ferreira dos Santos. Levada à Santa Casa, a vítima não resistiu aos ferimentos que teve e morreu. A família agradeceu a Jurandir pelo feito heroico. Parentes e amigos ficaram bastante abalados com o ocorrido.

Relacionamento - O relacionamento de Thiago e Victória era recente, cerca de três meses, conforme o advogado da família da vítima, José Anezi de Oliveira. Mas somente há um mês os pais conheceram o rapaz.

Neste momento a mãe da vítima viu o motociclista realizando as manobras, então chamou o rapaz e pediu para que ele não fizesse o mesmo com a filha na garupa da moto, pois era perigoso.

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