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Capital

Motociclista que matou jovem com tiro na cabeça afirma que reagiu a assalto

Acompanhado do advogado, ele se apresentou a polícia nesta semana e prestou depoimento

Geisy Garnes | 30/12/2021 13:50
Motociclista que matou jovem com tiro na cabeça afirma que reagiu a assalto
Atentado aconteceu em cruzamento do Bairro Aero Rancho. (Foto: Reprodução)

Autor dos disparos que mataram Douglas Felipe Prudêncio Rolon, de 19 anos, se apresentou a polícia e afirmou ter reagido a uma tentativa de assalto. Em depoimento, o vendedor de automóveis, de 31 anos, alegou ter ferido a vítima depois de também ser baleado pelos bandidos.

Segundo o advogado Amilton Ferreira de Almeida, responsável pela defesa do acusado, a versão do cliente é bem diferente da apresentada pelos três homens que estavam com a vítima no momento dos disparos.

Motociclista que matou jovem com tiro na cabeça afirma que reagiu a assalto
Advogado Amilton Ferreira de Almeida, responsável pela defesa do acusado (Foto: Arquivo)

Para a delegada Gabriela Stainle o suspeito relatou que na tarde de domingo marcou de mostrar uma Honda Fan para um cliente e por isso saiu de casa com a moto. Como não conseguiu encontrar o endereço, parou no cruzamento das ruas Ribeirão das Neves com a Moçambique, no Jardim Aero Rancho, para confirmar a localização.

Neste momento, afirmou o vendedor, foi abordado por um Chevrolet Corsa com quatro homens dentro. Um deles, apontou uma arma para ele e disparou. O tiro, no entanto, falhou e o motociclista aproveitou para reagir. Na disputa, conseguiu tomar a pistola da mão do bandido.

O vendedor contou que quando já estava com a arma na mão, um dos três homens que ainda estavam dentro do Corsa atirou em sua direção. Ele foi atingido na região do peito e em um ato de reação, atirou de volta por várias vezes. O primeiro suspeito que o abordou foi atingido e um dos ocupantes do carro também.

“Ele sequer viu quem era, só depois descobriu que era o Douglas”, detalhou o advogado. Assustado e com medo dos amigos da vítima, fugiu do local do crime, procurou ajuda de familiares e ficou em casa até o dia do depoimento. “Ele está com o projétil alojado próximo ao peito”. Ainda segundo Amilton, depois de prestar depoimento, o cliente foi ao IMOL (Instituto Médico e Odontologia Legal) e em seguida para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon para procedimento de retirada da bala.

“A delegada acredita que ele é o autor e ele diz que é vítima”. Segundo o advogado, por enquanto, o vendedor responde em liberdade. “A defesa pensa que com esses novos indícios, a delegada deve ouvir novamente os outros homens que estavam no carro”.

O caso – A vítima era passageira de um Chevrolet Corsa, de cor branca, ocupado por mais duas pessoas, o motorista de 31 anos e outro homem de 26 anos, quando o grupo foi surpreendido pelo atirador, que ocupava uma Honda Fan, de cor azul. Douglas e o condutor do carro foram atingidos. Eles foram socorridos para o CRS (Centro Regional de Saúde) do Aero Rancho.

Devido à gravidade dos ferimentos, Douglas foi transferido à Santa Casa, onde deu entrada 12h49, mas morreu horas depois. O motorista do carro, ferido nas costas, disse à polícia que ele era o alvo do atirador em razão de uma ocorrência registrada há 6 anos. Porém, não entrou em detalhes. No local do atentado, foram coletadas várias cápsulas deflagradas de pistola 380 e de 9 mm (milímetros).

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