Motorista apela a Deus quando passa em trecho de anel rodoviário
Como medo de deslizamentos, os motoristas que trafegam no anel rodoviário, entre as saídas para as cidades de Rochedo e Aquidauana, próximo a Pedreira São Luiz, pedem até ajuda divina sob risco de serem atingidos por pedras que se soltam de um morro. Muitos alertam para o problema que pode causar acidentes, principalmente, envolvendo carros de passeio e motocicletas.
“É só com a proteção de Deus que conseguimos passar por aqui sem acontecer acidentes”, comenta o motorista Hipólito Gomes Garrido Filho, 66 anos. Ele trabalhar na pedreira há 36 anos e percebe os perigos do trecho diariamente.

Como o local é no meio de uma descida e não há redutores de velocidade no trecho, os condutores trafegam em alta velocidade. “Se tiver uma pedra no meio do caminho, o motorista não consegue desviar, porque ele vem muito rápido”, explica o motorista.
Por conta da chuva que caiu na região na semana passada, várias pedras se desprenderam do morro e caíram no meio da pista. “Vai escorrendo a água e a pedra vai caindo na primeira faixa da BR, então os motoristas têm que desviar, o que pode acarretar acidentes”, avalia o auxiliar de escritório Ivan Palieraqui, 32, que também reclama da falta de acostamento no trecho.
“Aqui não tem acostamento, o que é um erro, pois poderiam ter feito esta rodovia mais larga, assim diminuiria o perigo”, reclama o caminhoneiro Clemilson Gonçalves, 33.
No trecho da BR-262 há três faixas para os motoristas, facilitando o tráfego, porém a falta de um acostamento e a criação de uma vala atrapalham os condutores que precisam parar ou desviar de pedras que se desprendem do “paredão”.
“Para desviar, acabamos invadindo a faixa contrário, aumentando o risco de acidentes aqui”, observa o caminhoneiro. Com isso, os motoristas precisam redobrar a atenção durante o trecho. “Tem que estar bem atento, qualquer distraída, pode ser um acidente”, contou Hipólito.